"O que eu tinha para declarar eu já declarei em duas CPI's que eu já respondi", disse Heleno na quinta-feira, quando Ramagem foi alvo de operação da Polícia Federal
O general Augusto Heleno, que comandou o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República durante o governo Jair Bolsonaro (PL), negou qualquer envolvimento no uso da ferramenta First Mile para espionar ilegalmente críticos e opositores por parte da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) na gestão do ex-mandatário.
Nesta segunda-feira (29), poucos dias após o deputado federal Alexandre Ramagem (Pl-RJ), ex-diretor da Abin, ser alvo de uma operação da Polícia Federal sobre o esquema investigado, foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão em um desdobramento da ação. O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) foi um dos alvos da ação desta manhã.
"Não tenho nada a declarar. O que eu tinha para declarar eu já declarei em duas CPI's que eu já respondi. Não vou ficar alimentando isso daí porque não tenho participação nenhuma", disse Heleno. Segundo a coluna da jornalista Andréia Sadi, do G1, a declaração do militar foi feita na semana passada após a operação da PF que teve Ramagem como alvo. A declaração do ex-ministro do GSI faz referência aos depoimentos prestados nas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI) do 8 de janeiro e na Câmara Legislativa do DF.
A reportagem, porém, destaca que uma consulta às notas taquigráficas dessas comissões não encontrou nenhuma declaração específica do general sobre a suposta "Abin paralela." Em um trecho do depoimento na CPMI no Congresso, Heleno enfatizou que nunca pediu a Ramagem nada com interesse político. Além disso, elogiou o então diretor-geral da Abin e destacou a qualidade dos dois diretores que ocuparam o cargo durante seu mandato.
Fonte: Brasil 247 com informações da coluna da jornalista Andréia Sadim do G1
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