Alto funcionário do Departamento de Estado diz que se os EUA não apoiarem o setor privado em Cuba, isso permitiria à Rússia e à China moldar a economia da ilha
Um alto funcionário do Departamento de Estado dos Estados Unidos informou ao Congresso que Washington aconselhou Cuba a não cooperar com a China “em atividades problemáticas”.
"Aconselhamos Cuba em vários níveis que não é do seu interesse colaborar com a RPC em atividades problemáticas", disse o Secretário Assistente Adjunto Eric Jacobstein em depoimento ao Congresso na quinta-feira (18), segundo a agência Sputnik.
"Avaliamos que nosso alcance diplomático sobre este tópico desacelerou os esforços da RPC para projetar e sustentar seu poderio militar em Cuba e ao redor do mundo”, acrescentou.
Jacobstein também disse que acredita que se os EUA não apoiarem o setor privado em Cuba, permitiria à Rússia e à China moldar a economia da ilha.
“Acreditamos que a expansão orgânica do setor privado na ilha – liderada pelo próprio povo cubano e não por qualquer governo estrangeiro – é uma oportunidade que não deve ser desperdiçada”, disse. “Não conseguir envolver e apoiar o setor privado de Cuba deixaria espaço para a Rússia e a RPC moldarem a direção da economia cubana”.
Jacobstein sublinhou que Washington não deve permitir que isto aconteça.
“Os empresários cubanos preferem os valores dos EUA e o nosso modelo econômico e vêem os EUA como o seu parceiro comercial preferido”, disse ele. “Estamos concentrados em tomar medidas que injetem um verdadeiro sentimento de esperança entre o povo cubano e que estanquem a onda de agravamento das condições humanitárias e de migração – ao mesmo tempo que permanecemos firmes na promoção da responsabilização pelos contínuos abusos do governo cubano”.
Os EUA romperam relações diplomáticas com Cuba na década de 1960 e impuseram um embargo comercial à nação insular. O ex-presidente Barack Obama deu passos para normalizar as relações bilaterais com Cuba, mas a política foi revertida por seu sucessor, Donald Trump, que impôs 243 sanções econômicas adicionais a Havana, endureceu as regulamentações de viagem e colocou a nação insular de volta na lista de países “patrocinadores do terrorismo”. O atual presidente Joe Biden prometeu que restauraria a política de Obama em relação a Cuba, mas em vez disso, estendeu as restrições contra o país.
Fonte: Brasil 247 com informações da Sputnik
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