sexta-feira, 5 de janeiro de 2024

EUA atacam Iraque aumentando risco de ampliação da guerra no Oriente Médio

 As forças norte-americanas alvejaram a sede do movimento Mobilização Popular

Ataque foi a uma base de movimento da Resistência iraquiana (Foto: AHMED SAAD/REUTERS)

Os Estados Unidos atacaram o Iraque nesta quinta-feira (4), alvejando a sede do movimento Al-Hashad al-Shabi, em Bagdá.

O porta-voz do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, general de brigada Pat Ryder, afirmou que o ataque a uma instalação das Unidades de Mobilização Popular (Al-Hashad Al-Shabi, em árabe) em Bagdá, a capital do Iraque, foi realizado "em legítima defesa" e que nenhum civil ficou ferido, assim como nenhuma infraestrutura foi danificada, informa o canal iranano HispanTV. Apesar da explicação do oficial estadunidense, o ataque aumenta  o risco de ampliação da guerra no Oriente Médio.


O movimento iraquiano Hezbollah Al-Nuyaba, uma das facções do Al-Hashad Al-Shabi, informou que no ataque americano com drones quatro pessoas foram mortas e outras seis ficaram feridas. Entre as vítimas fatais está o subcomandante das operações de Bagdá, Mushtaq Talib al-Saidi (Abu Taqwa).  

"Este foi um ataque de autodefesa porque este indivíduo em particular estava envolvido no planejamento e execução de ataques contra pessoal americano no Iraque e na Síria, o que, por definição, é uma ameaça que implica agir em legítima defesa", afirmou Ryder em referência a Al-Saidi.

Antes de Washington admitir sua responsabilidade, as Forças Armadas do Iraque, às quais pertence o Al-Hashad Al-Shabi, haviam culpado as tropas da coalizão internacional por este ataque "contra um órgão de segurança iraquiano".

Vários grupos que compõem a Resistência Islâmica no Iraque condenaram o ataque e exigiram a retirada das tropas americanas do país; de fato, um objetivo que pretendem alcançar com ataques a posições dos EUA no país árabe.

"Dedos no gatilho até a expulsão dos EUA", adverte o Hezbollah iraquiano. Nos últimos três meses, os ataques às bases americanas no Iraque aumentaram. Conforme declarado pela Resistência do Iraque, isso é considerado uma resposta ao apoio indiscriminado dos Estados Unidos ao regime de Israel, que está realizando um genocídio em Gaza.

Fonte: Brasil 247

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