Essa abordagem reconhece os oceanos como uma fonte de oportunidades para desenvolvimento econômico sustentável, inovação, comércio e empregos
O Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) anunciou sua incursão em quatro novas frentes estratégicas para impulsionar a chamada economia azul, uma iniciativa que ganha destaque nas discussões sobre as consequências das mudanças climáticas e os processos econômicos na busca de uma transição justa. O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, revelou as quatro frentes durante um evento a bordo do navio de pesquisa hidroceanográfico Vital de Oliveira H-39, no Rio de Janeiro, com a presença de autoridades como as ministras do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, além do ministro da Defesa, José Mucio Monteiro, e o comandante de Operações Navais e diretor-geral de Navegação, almirante de esquadra Wladmilson de Aguiar.
A iniciativa BNDES Azul visa potencializar as ações do Banco em andamento, gerando sinergias entre elas e abrindo novas frentes em áreas cruciais: o Planejamento Espacial Marinho (PEM) da costa brasileira, incentivos à inovação e descarbonização da frota naval, estímulo à infraestrutura portuária e apoio a projetos de recursos hídricos via Fundo Clima.
A economia azul, foco dessa iniciativa, destaca-se como uma das maiores economias globais, com os oceanos representando a 7ª posição em termos de valor agregado pela indústria oceânica, podendo atingir US$ 3 trilhões em 2030, segundo a OCDE. O PEM, uma das frentes estratégicas, permitirá o mapeamento e caracterização dos usos atuais e potenciais do ambiente marinho para a formulação de políticas públicas, em parceria com a Secretaria da Comissão Interministerial para Assuntos do Mar (SECIRM).
Outras frentes do projeto incluem incentivos à descarbonização da frota naval, por meio de tecnologias e combustíveis sustentáveis, o Programa BNDES Mais Inovação para estimular a inovação no setor naval e o apoio a novos ciclos de investimentos portuários. Além disso, o Fundo Clima, em 2024, destaca-se como uma peça-chave, possibilitando a inclusão de projetos relacionados a recursos hídricos.
O BNDES, que já possui cerca de R$ 22 bi em carteira relacionados à economia azul, busca consolidar sua posição como protagonista nesse segmento. Projetos de docagem, embarcações, estaleiros, navios petroleiros, turismo marinho, recuperação de manguezais e instrumentos de garantia para acesso a crédito estão entre as áreas contempladas.
Entenda o que é a economia azul – A economia azul refere-se a um conceito que destaca a importância econômica dos oceanos e dos recursos marinhos. Essa abordagem reconhece os oceanos como uma fonte de oportunidades para desenvolvimento econômico sustentável, inovação, comércio e empregos. O termo foi popularizado pela primeira vez pelo economista belga Gunter Pauli.
A economia azul abrange uma variedade de setores e atividades, incluindo pesca sustentável, aquicultura, turismo costeiro, transporte marítimo, energia renovável oceânica, biotecnologia marinha, exploração de minerais do fundo do mar e conservação dos ecossistemas marinhos.
O conceito destaca a importância de equilibrar o uso dos recursos marinhos com a preservação do meio ambiente marinho, promovendo práticas sustentáveis para garantir a saúde a longo prazo dos oceanos. A economia azul busca maximizar os benefícios econômicos derivados dos oceanos, ao mesmo tempo em que aborda desafios como a pesca excessiva, a poluição marinha e as mudanças climáticas.
No contexto do texto fornecido sobre o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Social) e suas iniciativas para impulsionar a economia azul, as ações incluem medidas como o Planejamento Espacial Marinho, incentivos à inovação e descarbonização da frota naval, estímulo à infraestrutura portuária e apoio a projetos de recursos hídricos. Essas frentes visam explorar de maneira sustentável os recursos marinhos e promover o desenvolvimento econômico associado aos oceanos.
Fonte: Brasil 247
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