'Não me venham falar em gasto', afirmou o presidente Lula. 'O que estamos fazendo é evitar que esse dinheiro que estamos colocando na educação seja, no futuro, colocado em prisões'
No encerramento de uma apresentação do Ministério da Educação sobre a situação do ensino brasileiro nesta sexta-feira (26), o presidente Lula (PT) voltou a defender a ideia de que a aplicação de recursos na área de educação não deve ser chamada de "gasto", mas sim de "investimento". Ele indicou que o dinheiro investido na educação deve ser compreendido como um recurso que, mais tarde, não terá de ser aplicado em segurança pública em decorrência da violência. "Eu queria que vocês compreendessem a ideia de que investir em educação não é gasto. Na verdade, o que estamos tentando fazer é evitar que esse dinheiro que a gente está colocando na educação seja, no futuro, colocado em prisões, seja colocado para recuperar um jovem que não teve oportunidades e caiu no crime organizado. O que nós estamos fazendo é exatamente isso, é dar uma chance para ver se a gente não permite que um jovem que tem 16 ou 17 anos, por falta de perspectiva, vá para a droga, vá virar um zumbi nas ruas das capitais, perambulando sem nenhum respeito da sociedade, sem nenhuma perspectiva, às vezes roubando o gás da casa dele para vender e comprar droga", disse.
O presidente afirmou que o investimento em educação é o "mais extraordinário" que se pode fazer. "O que nós estamos fazendo é uma aposta, estamos tentando fazer antes que a gente perca esse jovem para o crime organizado e para a droga, estamos tentando recuperar para o país e para sua família. É por isso que continuo teimando e brigando todo dia: não me venham falar na palavra ‘gasto’ quando a gente fala em fazer uma universidade, uma escola técnica. Não me falem. É o investimento mais extraordinário que um país pode fazer. Não existe nada igual. Investir em educação e investir em cultura é salvar uma cidade, um estado e um país. E é isso que a gente está fazendo".
Lula ainda pediu atenção da população às políticas educacionais do governo. "Esse programa, para dar certo, é preciso que haja 200 milhões de fiscais. Nós vamos ter que conversar muito com as mães, com os pais, com os prefeitos… Ou nós fazemos isso ou o crime organizado fará. Ou nós damos oportunidade a esse menino ou o crime organizado dará. É apenas uma questão de decisão política, não é decisão econômica. A minha decisão política é que a nossa obrigação maior é salvar essas pessoas enquanto a gente tem chance".
Fonte: Brasil 247
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