segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

'É preciso que a Justiça diga quem são os culpados para que possamos puni-los', diz Múcio sobre militares envolvidos no 8/1

 "Nós vamos precisar, mais do que ninguém, tomar as medidas para que a sociedade deixe de suspeitar das Forças Armadas", afirmou o ministro da Defesa

José Múcio e terroristas bolsonaristas (Foto: ABR | Reuters)

O ministro da Defesa, José Múcio, afirmou que as Forças Armadas aguardam decisões da Justiça para que possa punir os militares envolvidos na tentativa de golpe de 8 de janeiro de 2023. "É preciso que a Justiça diga quem são os culpados, porque nós precisamos puni-los, até para tirar a nuvem de suspeição sobre os inocentes. (...) Nós vamos precisar, mais do que ninguém, tomar as medidas para que a sociedade deixe de suspeitar das Forças Armadas".

"Foi combinado que tudo iria para as mãos do ministro Alexandre de Moraes [do STF]. Estamos aguardando que ele nos dê os nomes [dos militares envolvidos]", acrescentou mais tarde.

À GloboNews, Múcio disse não se arrepender de não ter desmontado antes os acampamentos de bolsonaristas golpistas em frente aos quartéis do Exército no país e falou sobre seu trabalho de 'pacificação' nas Forças Armadas, classificando atualmente a relação entre os militares e o governo Lula (PT) a esta altura como de "absoluta confiança". Sobre os acampamentos, o ministro admitiu que "havia uma vista grossa" por parte do Exército, já que "muitos familiares" de oficiais ali estavam. Ele disse não se arrepender de sua postura diante dos acampamentos porque, caso algo tivesse sido diferente, "fraturas" dentro das Forças Armadas poderiam ter ocorrido. 


Múcio comentou também sobre sua fala recente de que os criminosos de 8 de janeiro não tinham um líder, declaração que foi fortemente repudiada. Ele explicou, esclarecendo que "quem armou isso, quem planejou, quem desejou, no dia não estava aqui".

Fonte: Brasil 247

Nenhum comentário:

Postar um comentário