"Geopoliticamente, Trump age de maneira menos intensa que os democratas”, no entanto, “se ele ganhar, se torna um novo polo de rearticulação da extrema direita”, avalia o Planalto
O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump tem mostrado força na largada para sua candidatura ao comando da Casa Branca. Neste domingo (21), o governador da Flórida, Ron DeSantis, um dos principais oponentes de Trump nas prévias do partido Republicano, retirou sua candidatura, depois de receber votação abaixo das expectativas na primeira prévia nos estados, realizada em Iowa. DeSantis anunciou apoio a Trump e, com o fortalecimento contínuo do nome do ex-presidente, no Brasil, o Palácio do Planalto já analisa "o que representaria um segundo mandato do ex-presidente na maior potência das Américas", informa Daniela Lima, do g1.
A equipe do presidente Lula (PT) para assuntos internacionais não se arrisca a dizer quem é o favorito para a eleição estadunidense: Trump ou o atual presidente e provável candidato à reeleição pelo partido Democrata, Joe Biden. A avaliação é de que o pleito será acirradíssimo, assim como em 2020.
A diplomacia brasileira se debruça neste momento sobre análises de cenários para o Brasil, América Latina e o restante do mundo com o eventual retorno de Trump ao poder. A avaliação é de que, sob Trump, os Estados Unidos seriam menos intervencionistas em outros países. No entanto, ele representa um risco à democracia de seu país e, consequentemente, de outras nações. "Por incrível que pareça, Trump é menos imperialista", diz uma fonte do Planalto. "Se ele (Trump) ganhar, ele se torna um novo polo de rearticulação da extrema direita, hoje carente de referências, com Javier Milei (da Argentina) como protagonista".
"Geopoliticamente, por incrível que pareça, Trump age de maneira menos intensa que os democratas", segue a fonte ao afirmar que o governo de Trump seria menos marcado por menos conflitos com a China e menos participação na guerra entre Rússia e Ucrânia.
Por outro lado, para além do risco à democracia, Trump também poderia prejudicar o já complicado debate sobre mudanças climáticas. "Biden claramente tem um alinhamento maior com as questões contemporâneas, como a agenda climática, de preservação ambiental, e também a briga pela democracia".
Fonte: Brasil 247 com informações da Daniela Lima, do g1
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