Além disso, o presidente deverá decidir sobre uma possível reforma ministerial em seu governo
O presidente Lula (PT) decidiu prolongar sua folga na virada do ano no Rio de Janeiro, adiando seu retorno a Brasília, inicialmente previsto para esta quarta-feira (3). Embora o Congresso e o Judiciário estejam em recesso neste mês, o chefe presidente tem uma série de decisões a tomar e pautas a negociar, lembra o jornal O Globo. Entre as decisões pendentes está a escolha do substituto do ministro da Justiça, Flávio Dino.
Auxiliares próximos a Lula sugerem que não estão previstas reuniões de trabalho no Planalto para esta semana. Entretanto, há uma expectativa de que o presidente logo terá que lidar com questões cruciais, como a formação do novo governo após a saída de Flávio Dino, a realização do ato simbólico no Congresso Nacional contra os ataques antidemocráticos e a possível reestruturação ministerial.
Na próxima segunda-feira, completa-se um ano desde os ataques golpistas de 8 de janeiro. Nesse contexto, Lula participará de um evento com governadores, parlamentares e empresários, com o objetivo de reforçar que a democracia do país conseguiu debelar a tentativa de golpe do bolsonaristas. O ministro da Justiça, Flávio Dino, permanecerá no cargo até o dia do evento, sendo substituído em breve.
O favorito para suceder Flávio Dino é o ex-ministro do STF Ricardo Lewandowski, embora haja controvérsias sobre sua indicação. Outro nome cotado é o secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli. Está também no páreo o advogado Marco Aurélio de Carvalho. As eleições municipais, a insatisfação com membros do governo e a indicação de Dino ao STF também aumentam a pressão para uma possível reforma ministerial, que, por enquanto, parece estar em segundo plano.
Além disso, Lula enfrentará desafios relacionados à Medida Provisória que visa reonerar a folha de pagamento e limitar compensações. A MP, assinada por Lula e pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), contraria a decisão do Congresso de prorrogar a desoneração da folha até 2027. O presidente terá que articular politicamente para garantir a aprovação da medida no Congresso Nacional, mesmo durante o recesso parlamentar. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), retorna a Brasília no domingo e avaliará a possibilidade de devolver a MP ao Executivo. Outro ponto de tensão é a lei de diretrizes orçamentárias, sancionada com veto ao calendário de emendas parlamentares.
Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo
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