Além de boa qualidade e baixo preço, a persistência a longo prazo na inovação tecnológica e a aceleração da globalização são também chaves para a liderança das empresas chinesas
Recentemente, um grande navio de transporte saindo do porto de Yantai, na província de Shandong, atraiu a atenção global. É o primeiro navio chinês fabricado domesticamente e usado unicamente para o transporte de veículos exportados. A embarcação, depois de carregar 7 mil carros em Shenzhen, partirá para a Europa. Mídias japonesas comentaram o fato, dizendo que a China já excedeu o Japão e se tornou o maior exportador de veículos no mundo.
Atualmente, a China envia ao exterior unidades automotivas a mais de 200 países e regiões. Segundo dados publicados nessa quinta-feira (11) pela Associação da Indústria Automobilística, em 2023, a produção e a venda de carros ultrapassaram pela primeira vez a marca de 30 milhões de unidades, liderando o ranking global por 15 anos consecutivos. É de notar que em todos os 4,91 milhões de veículos exportados, mais de 1,2 milhão são de nova energia, um quarto do total.
Por que o mundo adora os carros chineses? O primeiro motivo é a melhoria constante da qualidade e do desempenho, que foi confirmado por consumidores globais. O governador do estado norte-americano da Califórnia, Gavin Newsom, durante sua visita à China em outubro do ano passado, testou e aplaudiu o veículo chinês de nova energia. Newsom disse que o modelo estava além da sua imaginação e manifestou interesse em levar para os EUA.
Além de boa qualidade e baixo preço, a persistência a longo prazo na inovação tecnológica e a aceleração da globalização são também chaves para a liderança das empresas chinesas no setor. Dados publicados pela Administração Nacional de Propriedade Intelectual mostram que as dez fabricantes com maiores vendas de veículos de nova energia na China têm mais de 100 mil patentes válidas em todo o mundo, um número que cresce rapidamente.
Aliás, as cadeias industrial e de abastecimento completas também aumentaram a competitividade dos veículos chineses. Afetados pela recessão econômica mundial e pelo conflito Rússia-Ucrânia, fabricantes estrangeiros reduziram o fornecimento. A China tem cadeia da indústria completa e recuperou rapidamente a capacidade de produção, após a epidemia de Covid-19, aumentando assim a venda de unidades para o mercado internacional.
A exportação de carros de nova energia chineses também contribui para a transformação verde de vários países. Um relatório sobre o desenvolvimento de comércio verde da China mostra que, em 2021, este fluxo atingiu US$ 1,16 trilhão, tornando-se a maior economia verde do mundo.
Fonte: Brasil 247
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