"A PF não vai perseguir, nem proteger ninguém", afirma um policial. A conclusão das investigações a partir da delação de Mauro Cid deverá ocorrer neste ano
A conclusão das investigações da Polícia Federal (PF) contra Jair Bolsonaro (PL), com base na delação do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, deve ocorrer em 2024, segundo informaram fontes da corporação à CNN Brasil. A etapa mais avançada até o momento trata da fraude no cartão de vacinas de Bolsonaro, amigos e familiares. A investigação teria alcançado documentos que comprovam a inserção e exclusão de dados no sistema do Ministério da Saúde, elucidando como essas manipulações eram de conhecimento de Bolsonaro.
A possibilidade de prisão de Bolsonaro é tratada com normalidade pelos agentes envolvidos na investigação. Uma fonte da PF destacou que, caso a equipe identifique envolvimento em crimes, as prisões serão efetuadas conforme os critérios legais, sem privilégios ou impunidade. "Se a equipe investigativa identificar que Jair, José, Maria, João tem envolvimento em crimes, eles vão ser presos. Qualquer investigado, se tiver provas e se enquadrar nos critérios das prisões vai ser preso, pode ser Jair, João, Maria".
Apesar da atenção da mídia sobre o caso, a delação de Mauro Cid ainda não foi divulgada na íntegra, o que tem sido utilizado pela defesa de Bolsonaro como motivo para descredibilizar as informações já divulgadas. As informações mantidas em sigilo, entretanto, teriam gerado efeitos significativos, segundo os investigadores.
A colaboração de Cid, que era considerado homem de confiança de Bolsonaro, abrange diversos aspectos, incluindo a tentativa de golpe ocorrida em 8 de janeiro, desvio de joias recebidas como presente da Arábia Saudita e a fraude no cartão de vacinas. A PF compara a delação a um roteiro valioso que tem auxiliado na obtenção de mais provas para fortalecer o caso. "A PF não vai perseguir, nem proteger ninguém. Os erros do sistema criminal que foram cometidos com Lula não quero inverter e cometer com Bolsonaro", ressaltou uma fonte da PF.
Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil
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