O deputado federal foi alvo de operação da PF que mira envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro. Em conversa com extremista, o parlamentar é chamado de "meu líder"
Nesta quinta-feira (18), a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços vinculados ao deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ), suspeito de envolvimento em atos antidemocráticos após a eleição de 2022 e nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), Jordy tem "forte ligação" com Carlos Victor de Carvalho, identificado pela Polícia Federal como uma "liderança da extrema direita" em Campos dos Goytacazes (RJ), informa Valdo Cruz, do g1.
A ordem de busca e apreensão foi baseada em informações obtidas pela PGR, que apontou a existência de mensagens de celular indicando a participação de Jordy em atividades suspeitas. Conforme as investigações, tais mensagens sugerem que Carlos Victor buscava orientações e autorizações do deputado para organizar atos golpistas após as eleições, quando Jair Bolsonaro (PL) foi derrotado pelo presidente Lula (PT).
Em um dos diálogos entre Carlos Jordy e Carlos Victor, datado de 1º de dezembro de 2022, o extremista pergunta: "bom dia meu líder. Qual direcionamento você pode me dar? Tem poder de parar tudo". Na sequência, Jordy pergunta se pode ligar a Carlos Victor, e recebe sinal positivo. "Fala irmão, beleza? Está podendo falar aí?", no que responde Carlos Victor: "posso irmão. Quando quiser pode me ligar".
A PGR também revelou que, segundo as evidências, houve uma ligação telefônica entre os dois em 17 de janeiro de 2023, uma semana após atos golpistas na Praça dos Três Poderes, quando Carlos Victor Carvalho estava foragido. Essa comunicação telefônica, junto com as mensagens trocadas, tornou-se parte das razões que levaram à autorização dos mandados de busca e apreensão cumpridos pela Polícia Federal nesta operação.
Carlos Jordy se manifestou pelas redes sociais sobre os mandados de busca e apreensão em seus endereços e classificou a ação da PF como autoritarismo.
Fonte: Brasil 247 com informação de Valdo Cruz, do g1
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