quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

Cappelli diz a Lula que seguirá leal ao governo dentro ou fora da Justiça


O secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil

 Ricardo Cappelli mandou um recado ao presidente Lula e afirmou que permanecerá leal ao governo independente de sua permanência ou não no posto de secretário-executivo do Ministério da Justiça. Ele, que atualmente é o “número 2” da pasta, pode ter que deixar o cargo com a mudança de comando. A informação é da jornalista Daniela Lima na GloboNews.

Nesta quinta (11), o ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski foi anunciado como sucessor de Flávio Dino, que será empossado ministro da Corte no próximo mês. Ele cogita retirar Cappelli da função e colocar o advogado Manoel Carlos de Almeida Neto, diretor jurídico da Companhia Siderúrgica Nacional e ex-secretário-geral do Supremo.

O próprio presidente Lula chegou a pedir que Lewandowski mantivesse Cappeli como secretário-executivo e Andrei Rodrigues como diretor-geral da Polícia Federal, mas o futuro chefe da Justiça assegurou somente que o comando da corporação permaneceria sem mudanças e não se comprometeu a manter o secretário-executivo.

Mais cedo, Cappelli desmentiu rumores de que teria pedido demissão com a troca de comando do Ministério da Justiça e deixou claro que somente vai tirar férias, retornando ao trabalho após as definições de Lewandowski.

Presidente Lula anuncia Ricardo Lewandowski no Ministério da Justiça. Foto: Reprodução

Apesar do pedido para manter o “número 2”, o presidente afirmou que deu liberdade para que Lewandowski “monte seu time”.

“Normalmente, eu tenho por hábito cultural não indicar ninguém em nenhum ministério. Quero que as pessoas montem o time que elas vão jogar. Se eu fosse técnico de futebol, não permitiria que o presidente do meu time, por mais importante que fosse, fosse escalar o meu time. O meu time sou eu quem escalo. Se eu perder, me tirem, se eu ganhar, eu continuo”, afirmou durante discurso no Palácio do Planalto.

O petista chegou a oferecer um cargo na Secretaria Nacional de Segurança Pública a Cappelli, que recusou o convite porque a pasta não tem como atribuição cuidar do sistema penitenciário, que, para ele, tem ligação direta com a resolução sobre criminalidade nas ruas.

Fonte: DCM

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