Chanceler afirma que o Brasil deve ter a "coragem e altivez" de se posicionar sobre as violações de direitos humanos cometidas por Israel
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, reafirmou em artigo publicado na Folha de S. Paulo o apoio brasileiro à ação movida pela África do Sul contra Israel na Corte Internacional de Justiça (CIJ) por conta da guerra genocida do regime israelita na Faixa de Gaza.
No artigo, Vieira afirma que nenhum país pode 'eximir-se... de prevenir e de punir o crime de genocídio' e que compete exclusivamente aos 15 juízes da Corte tomar uma decisão.
As medidas cautelares solicitadas pela África do Sul, segundo Vieira, criam as condições para o estabelecimento de um diálogo político e a implementação da solução de dois Estados.
O chanceler também rebateu os argumentos de sionistas pró-guerra que atacam o governo do presidente Lula com acusações de antissemitismo.
"Tentar caracterizar a ação movida pela África do Sul como manifestação de antissemitismo é forma desafortunada de tentar mudar de assunto. No limite, é também forma desafortunada de questionar a legitimidade de importante democracia multirracial do Sul Global, marcada por emblemática história de luta contra a discriminação racial, de acionar a CIJ para resguardar os direitos mais fundamentais da humanidade", escreve.
Ele também afirma que, diante da gravidade das diversas denúncias apresentadas desde os "ataques terroristas" do Hamas de 7 de outubro, o Brasil não pode se acovardar.
"Para além de coerência e consistência em sua política externa, o prestígio e o reconhecimento do Brasil perante a comunidade internacional pressupõem coragem e altivez para se posicionar a respeito de indícios de graves violações dos direitos fundamentais de um povo".
Fonte: Brasil 247
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