O evento para a discussão da proposta foi convocado pelo diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues
A Polícia Federal brasileira e representantes da Ameripol (Comunidade de Polícias das Américas) discutiram a possível criação de uma adicância da PF no Equador, onde mais de 300 foram presas e pelo menos 13 morreram desde a semana passada. Todos os países vão encaminhar as propostas de cooperação policial à Secretaria-Executiva da Ameripol, que as formalizará e enviará ao Equador até este sábado (13). O presidente Daniel Noboa decretou "estado de guerra". Criminosos invadiram o estúdio do canal TC Televisión, na cidade de Guayaquil, província de Guayas, na semana passada. O governo decretou que 22 grupos do crime organizado sejam identificados como organizações terroristas e "atores beligerantes não estatais".
O evento, realizado por videoconferência, foi convocado pelo diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, que também é secretário-executivo da Ameripol. "A Polícia Federal brasileira não atua como polícia judiciária no exterior", esclareceu a corporação. "O que ocorre são ações multilaterais para propor soluções ao enfrentamento de crimes".
Haverá o encaminhamento de propostas tais como: intercâmbio de informações de inteligência para o enfretamento do crime organizado, disponibilização de equipamentos de inteligência, apoio na identificação dos presos do sistema penitenciário equatoriano e oferecimento de cursos de descapitalização do crime organizado com a doutrina da Polícia Federal.
O Tratado de Constituição da Comunidade de Polícias da América (Ameripol) foi assinado no dia 9/11/2023, no Palácio da Justiça em Brasília. A entidade, cuja sede fica em Bogotá (Colômbia), serve como mecanismo de cooperação e troca de informações entre as polícias e forças de segurança dos países das Américas.
Participaram do evento: Gendarmeria Argentina; Policia Federal do Brasil; Policia Nacional do Equador; Polícia Boliviana; CICPC/Venezuela; Policia Nacional do Uruguai; Policia Nacional da Colômbia; Policia Nacional do Peru; Carabineros de Chile; PDI de Chile; Policia Nacional do Haiti; Polícia Nacional da Republica Dominicana; Polícia Nacional de Honduras; Fuerza Publica da Costa Rica; Policia Federal da Argentina; Policia Nacional do Paraguai; Policia Nacional de Belize e Policia Nacional da Guatemala.
Ainda representando o Brasil, participou o diretor de cooperação internacional da PF e vice-presidente da Interpol para as Américas, Valdecy Urquiza; além de Fábio Mertens, coordenador-geral de cooperação policial. Também estiveram presentes representantes do Ministério das Relações Exteriores e da Assessoria Especial da Presidência da República.
Fonte: Brasil 247 com informações da Agência Gov
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