terça-feira, 23 de janeiro de 2024

Bolsonaro comemora possível desfecho do caso Marielle após delação de Ronnie Lessa

 O ex-mandatário também acusou a "militância da esquerda" de fazer uma "narrativa descomunal" sobre o assassinato da ex-parlamentar, morta pelo crime organizado no Rio

Jair Bolsonaro (mais destaque), Ronnie Lessa e Marielle Franco (Foto: Reuters | Reprodução)

 Jair Bolsonaro (PL) comemorou nesta terça-feira (23) o acordo de delação premiada fechado pelo ex-PM Ronnie Lessa, acusado de ter feito os disparos que mataram a ex-vereadora do Rio Marielle Franco (Psol), em 2018.

"O caso Marielle se aproxima do seu final com a delação de Lessa (ainda não homologada). Também cessa a narrativa descomunal e proposital criada por grande parte da imprensa e pela militância da esquerda", afirmou Bolsonaro no Instagram.

De acordo com Lessa, que está preso, o ex-deputado estadual pelo MDB Domingos Brazão, 58 anos, foi um dos mandantes do assassinato da ex-vereadora. Ele é conselheiro do Tribunal de Contas (TCE-RJ) atualmente.

A investigação sobre o assassinato de Marielle pode envolver políticos da extrema-direita. Lessa morava no mesmo condomínio de Bolsonaro no município do Rio. O ex-mandatário também foi apoiado por familiares de Brazão na campanha eleitoral de 2022.

A ex-parlamentar foi morta por integrantes do crime organizado. Antes do homicídio, o carro onde ela estava sofreu perseguição por cerca de três a quatro quilômetros. O assassinato ocorreu em um lugar sem câmeras na capital. Marielle era ativista de direitos humanos. Fazia denúncias contra a violência policial e criticava atuação de milícias nas periferias.

Outro ex-policial, Élcio Queiroz foi preso desde 2019 por participação nas mortes de Marielle junto com Ronnie Lessa, que também está detido. Em depoimento a investigadores, Queiroz admitiu que dirigiu o carro usado no ataque e disse que Lessa fez os disparos com uma submetralhadora. Também afirmou ter recebido pagamentos mensais de R$ 5 mil de Suel. E disse que Lessa teria experimentado um "aumento muito grande" em seu patrimônio após o crime. Segundo Queiroz, o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel, vigiou Marielle.

Policiais prenderam no ano passado o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel. Ele atuou na "vigilância" e "acompanhamento" da ex-parlamentar, afirmou o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues.

Assassinato em 2021, o sargento da PM Edmilson da Silva de Oliveira, o Macalé, apresentou a Lessa o "trabalho" de executar Marielle. Foi o que disse Queiroz em delação. Os dois monitoraram Marielle meses antes do crime, que aconteceu em março de 2018.

Queiroz disse que o mecânico Orelha foi acionado por Suel para se desfazer do carro usado no homicídio. A delação apontou que Orelha tinha uma agência de automóveis e foi dono de um ferro velho. Conhecia pessoas que trabalham com peças de carros.

Fonte: Brasil 247




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