sexta-feira, 12 de janeiro de 2024

Bancada evangélica ataca Lula com acusação de antissemitismo e nega o genocídio do povo palestino

 Em "nota de repúdio", Frentes Evangélicas do Congresso e do Senado afirmam que ações do governo deveriam ter como alvo o Hamas

Da esq. para a dir.: Luiz Inácio Lula da Silva, Mauro Vieira (ministro das Relações Exteriores) e Benjamin Netanyahu (primeiro-ministro de Israel). Atrás deles está uma foto sobre conflitos na cidade de Jenin, na Cisjordânia (Foto: ABR | Reuters)

As Frentes Parlamentares Evangélicas do Congresso Nacional e do Senado Federal emitiram uma nota conjunta nesta sexta-feira (12), atacando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por sua postura crítica em relação às ações de Israel na Palestina. A bancada foi além, acusando Lula de antissemitismo, em resposta ao apoio do governo brasileiro à iniciativa da África do Sul de levar o caso a Corte Internacional de Justiça (CIJ).

O comunicado das Frentes Parlamentares destaca uma suposta preocupação com a distorção do significado de genocídio e da convenção internacional por parte da África do Sul, ignorando os horrores que assolam os palestinos. "Uma ação como esta deveria ter como alvo o grupo terrorista Hamas, pois este sim é um grupo que vem cometendo genocídios, dia após dia, como o ocorrido em 07/10/2023, onde exterminou mais de 1.400 seres humanos inocentes (crianças, idosos, mulheres, adolescentes, adultos...)", diz o texto.

A nota ressalta o respeito aos compromissos internacionais assumidos por Israel, mas deixa de mencionar a resposta desproporcional do país, que resultou em mais de 23 mil mortes e 58 mil feridos, enquanto 85% dos 2,3 milhões moradores de Gaza foram forçados a deixar suas casas.

 

Fonte: Brasil 247

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