Os palestinos têm pouco ou quase nenhum acesso à ajuda humanitária e também estão sem energia elétrica e combustível. Serviços essenciais estão paralisados
Comunicado do Ministério da Saúde de Gaza distribuído à imprensa nesta quarta-feira (17) informa que mais de 100 mil cidadãos palestinos, sendo 70% crianças e mulheres, já morreram, ficaram feridos ou tiveram que sair de suas casas de maneira forçada em decorrência dos ataques de Israel ao território desde 7 de outubro. Além disso, 80% das moradias e estruturas civis foram destruídas ou danificadas, levando ao colapso dos serviços de saúde e humanitários. Mais de 2 milhões de palestinos enfrentam deslocamentos forçados, fome, sede, doenças e escassez de tendas, medicamentos e ajuda humanitária limitada.
"São necessários esforços palestinos, árabes e internacionais para pôr fim à agressão, aos crimes de guerra, ao genocídio e à punição coletiva, proporcionando apoio humanitário e proteção aos palestinos e apoiando o seu direito à autodeterminação", diz o comunicado.
O Ministério da Saúde de Gaza também acusa Isarel de impedir a chegada de ajuda humanitária ao enclave palestino. "A situação de meio milhão de civis deslocados no norte de Gaza agrava-se devido à interrupção dos serviços de saúde, à escassez de água e à fome que ceifa diariamente a vida de dezenas de pessoas, incluindo crianças, mulheres, idosos e doentes. As forças israelenses, para além dos ataques militares, continuam a obstruir e a restringir o acesso à ajuda humanitária, demonstrando uma clara determinação em continuar a devastar a população de Gaza".
O comunicado cita "a interrupção das redes de comunicação", que impede os palestinos de se comunicarem internamente ou globalmente "para relatar a situação de Gaza e expor as violações da ocupação". "Isto também prejudica a capacidade das equipes de ambulâncias, da defesa civil e das organizações de ajuda humanitária de prestarem serviços humanitários".
"Gaza ainda sofre com cortes de electricidade, grave escassez de combustível e gás de cozinha, acesso extremamente limitado à água devido à paralisação quase total dos serviços municipais, estações de dessalinização de água, estações de bombeamento, operações de poços, estações de tratamento de esgotos, operações de coleta e descarte de resíduos. Isto agravou o sofrimento humanitário dos residentes de Gaza, levando ao colapso dos cuidados de saúde e dos serviços humanitários, à propagação de doenças e a epidemias ambientais e de saúde", conclui.
Fonte: Brasil 247
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