Acordo enviaria cerca de US$ 3,3 bilhões à Argentina em crise e sob o regime ditatorial de Javier Milei
O governo da Argentina anunciará nesta quarta-feira (10) o acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), indicaram fontes oficiais à agência Télam.
Também assinalaram que funcionários do Ministério da Economia estão finalizando detalhes com técnicos do organismo multilateral.
Mais cedo, em declarações feitas no âmbito de sua habitual conferência de imprensa matutina na Casa Rosada, o porta-voz presidencial, Manuel Adorni, acusou o governo do ex-presidente Alberto Fernández de 'descumprir sistematicamente' as metas acordadas com o organismo multilateral de crédito, e reiterou o pedido aos legisladores para que sejam "muito cuidadosos" ao considerar uma situação que avaliou como "muito pior que a tristemente lembrada época de 2001".
Ao ser perguntado sobre uma possível renegociação do acordo com o FMI, o porta-voz indicou que não iria "fazer futurologia", mas sugeriu que "o governo tem um caminho traçado que supera em muito o que o Fundo Monetário pode requerer, em virtude das metas que, infelizmente, o governo anterior descumpriu sistematicamente".
"Entendemos que o plano (do governo) pode superar em muito o que o Fundo pode pretender", enfatizou.
A missão do FMI chegou à Argentina na semana passada, liderada por Luis Cubeddu e Ashvin Ahuja, e teve como principal eixo de análise a possibilidade de encaminhar o acordo.
Em agosto do ano passado, sob a gestão de Alberto Fernández, o Conselho Executivo do FMI aprovou duas revisões do programa de empréstimos de 44 bilhões de dólares para a Argentina, abrindo caminho para um desembolso imediato de aproximadamente 7,5 bilhões de dólares.
Esta é a sétima avaliação do programa do país, e, após aprovação, o acordo enviaria cerca de US$ 3,3 bilhões à Argentina, segundo a agência Bloomberg.
Em dezembro, após a posse de Milei, o FMI elogiou a decisão da Argentina de tentar estabilizar a sua economia através da desvalorização da sua moeda.
No entanto, a taxa de inflação mensal da Argentina provavelmente subiu para 28% em dezembro, o que seria a maior desde o início de 1990, impulsionada ela forte desvalorização do peso pelo novo governo ultralibertário de extrema direita.
Fonte: Brasil 247
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