General Augusto Heleno comandou o GSI durante o governo Bolsonaro, e a Abin era subordinada ao militar
A operação da Polícia Federal (PF) Vigilância Aproximada, deflagrada nesta quinta-feira (25), tendo como um de seus principais alvos o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), tem gerado apreensão entre os bolsonaristas. De acordo com a jornalista Andréia Sadi, da GloboNews, o temor entre os aliados de Bolsonaro é de que após Ramagem, o general Augusto Heleno seja o próximo da lista da PF. Heleno comandou o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) durante o governo Bolsonaro e a Abin era subordinada ao militar.
A operação investiga o suposto uso ilegal da ferramenta de espionagem FirstMile pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo Bolsonaro. Há suspeitas de que, sob o comando de Ramagem, muito próximo à família Bolsonaro, a agência tenha utilizado o software para monitorar ilegalmente autoridades e cidadãos.
O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, acusa a ação de ser uma perseguição ao partido. "Isso está claro, a perseguição que estão fazendo no PL por causa do Bolsonaro. Isso é uma perseguição", reclamou.
Valdemar Costa Neto criticou a PF por suas ações nos gabinetes parlamentares e também expressou descontentamento com Rodrigo Pacheco, presidente do Congresso Nacional, - "falta de autoridade do Congresso Nacional" - sugerindo a necessidade de impeachment de Alexandre de Moraes.
Questionado sobre se a operação afetaria os planos de lançar Ramagem como candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro, Valdemar negou, afirmando ser "pura perseguição" e sugerindo que a situação “pode acabar elegendo o Ramagem com mais facilidade no Rio de Janeiro".
Fonte: Brasil 247 com informações da jornalista Andréia Sadi, da GloboNews
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