quarta-feira, 3 de janeiro de 2024

Após ataque de Israel ao Líbano, Egito vê agravamento da tensão no Oriente Médio e abandona papel de mediador

 Ataque de Israel a Beirute nesta terça-feira pode levar ao envolvimento direto do Hezbollah e do Irã no conflito que Israel trava com o Hamas

Bandeiras do Hezbollah, Benjamin Netanyahu (primeiro-ministro de Israel) e um prédio atingido por ataque com drones em Beirute, no Líbano (Foto: Reuters )

O governo do Egito oficialmente comunicou a Israel a suspensão de seu papel como mediador nas negociações entre o israelenses e membros do grupo palestino Hamas para a libertação de reféns na Faixa de Gaza. A decisão foi tomada em resposta ao assassinato de Saleh al-Arouri, o número 2 do Hamas, em um ataque a drone ocorrido em Beirute, capital do Líbano, nesta terça-feira (2). Fontes egípcias relataram o congelamento da mediação à TV Kan israelense, relata o jornal O Globo.

Ao lado de Catar e Estados Unidos, o Cairo desempenhou um papel crucial na bem-sucedida trégua entre Israel e Hamas durante as negociações para a troca de reféns por prisioneiros, realizada entre novembro e dezembro. Durante esse período, cidadãos israelenses mantidos em cativeiro por movimentos palestinos, como o Hamas e a Jihad Islâmica, foram evacuados da Faixa de Gaza pela passagem de Rafah e retornaram a Israel.


O assassinato de al-Arouri elevou a tensão na região a um novo patamar, uma vez que aumentou a ameaça de um envolvimento direto do Hezbollah. Este grupo xiita libanês possui laços estreitos com o Hamas e o Irã. A possibilidade desse envolvimento poderia levar o conflito a um patamar ainda mais elevado. 

Mesmo aliados próximos de Israel, como os Estados Unidos, alertam que a eliminação do líder palestino - embora Israel não tenha admitido publicamente a responsabilidade pelo ataque - representa um risco significativo para as negociações de paz e a libertação de reféns na região. 

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

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