De acordo com Ulisses Campbell, Andreas “não dá a mínima para os seus bens materiais, mas não permitirá que Suzane tenha acesso à herança”
Andreas von Richthofen, 36 anos, irmão caçula de Suzane Louise von Richthofen, 40 anos, condenada pela morte dos pais, parece ainda viver com os pesadelos do passado. Reportagem no jornal O Globo assinada por Ulisses Campbell, que já escreveu a biografia sobre Suzane e acompanha o caso de perto, detalha como está a situação financeira e mental do homem que está sumido desde a época da pandemia, quando se refugiou em um sítio de São Roque, também herdado dos pais.
“A disputa entre os irmãos foi parar no tribunal. Quatro anos após ficar órfão, Andreas ganhou o direito de herdar todo o espólio dos pais, avaliado na época em quase R$ 10 milhões. Na lista, haviam carros, terrenos, seis imóveis, entre eles a mansão onde o casal foi assassinado – vendida por R$ 1,6 milhão, além de dinheiro em contas correntes e aplicações. Hoje, 20 anos após a tragédia, Andreas não se mostra mais interessado no que herdou. Ele enfrenta 24 ações na Justiça de São Paulo por dívidas de Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) e condomínios atrasados, somando um calote de aproximadamente R$ 500 mil”, atualiza o escritor e jornalista.
“Duas das casas herdadas por Andreas ficaram fechadas por tanto tempo que foram até invadidas por falsos sem-teto. A principal delas é a casa da Rua Barão de Suruí, na Vila Congonhas, onde a família von Richthofen morou antes de se mudar para a mansão da Rua Zacarias de Góis, onde Daniel e Cristian Cravinhos mataram o casal a pauladas. Essa casa tem três quartos e 300 metros quadrados e está avaliada em R$ 1 milhão. Lá, funcionaram duas editoras, a Magnum, especializada em armas de fogo; e a Etros. Depois que as duas empresas deixaram o imóvel, diversos corretores do bairro procuraram Andreas porque toda semana aparecia gente interessada em comprá-lo. Mas ele recusou todas as ofertas. A casa, sem manutenção, ficou com aspecto de abandonada. Recentemente, uma família se instalou lá clandestinamente”, atualiza.
Campbell explica que, de acordo com relatos de pessoas próximas, a saúde mental de Andreas vive em constante oscilação. “vizinho de Andreas na República do Iraque é o empresário Allan Zurita. Segundo ele, o irmão de Suzane alternava momentos em que se apresentava bem vestido e comunicativo e outros em que mal falava “bom-dia” e andava com a mesma roupa por até uma semana”.
O jornalista também detalha que os bens de Andreas localizados no bairro de Campo Belo eram administrados pela imobiliária Laert de João Imóveis. As corretoras também tentaram encontrá-lo durante todo o ano passado para que ele assinasse contratos de locação. Em vão. “A última vez que compareceu aqui, em 2021, ele estava irreconhecível. Estava tão sujo e maltrapilho que parecia um morador de rua. Aparentava estar em surto. Ficamos até com medo de abrir a porta”, contou a dona da imobiliária, que pediu para não ser identificada.
Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo
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