O padre Júlio Lancellotti, da Pastoral do Povo de Rua, e o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), tiveram uma conversa por telefone após a proposta de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que o investigaria. A repercussão em torno do tema levou parte da base do prefeito a desistir de apoiar a criação da comissão. O requerimento, que circulou entre os vereadores, não mencionava o padre, focando na investigação de ONGs que atuam na região da Cracolândia.
Nunes esclareceu que o pedido de CPI não visava as ações do padre católico, mas sim as organizações que fornecem assistência aos usuários de substâncias ilícitas na região da Cracolândia. O prefeito, ligado à Igreja Católica, conversou com outros membros da igreja, incluindo o cardeal de São Paulo, dom Odilo Scherer. A Arquidiocese de São Paulo afirmou acompanhar o caso com perplexidade.
A proposta de CPI, apresentada pelo vereador Rubinho Nunes, ex-Movimento Brasil Livre (MBL), precisava de 19 assinaturas para ser instalada. Apesar de ter conseguido 23 assinaturas, alguns parlamentares afirmam que assinaram sem saber que o padre Júlio seria alvo da ação, já que ele não era mencionado no pedido.
O líder de Nunes na Câmara, Fabio Riva, por sua vez, destacou que não há acordo na Casa para a instauração da CPI.
Fonte: DCM
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