A espionagem ilegal da agência visava municiar de informações os filhos de Jair Bolsonaro. A Abin também teria se pautado em teorias conspiratórias da extrema direita
O esquema de espionagem ilegal da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo passado visava municiar de informações o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Jair Renan Bolsonaro, ambos filhos de Jair Bolsonaro (PL). Segundo Daniela Lima, da GloboNews, a agência chegou a produzir provas para favorecer Flávio e Renan Bolsonaro em processos judiciais.
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (25) a Operação Vigilância Aproximada, para investigar o esquema criminoso de espionagem ilegal na Abin. O grupo monitorava ilegalmente autoridades públicas e outras pessoas, utilizando ferramentas de geolocalização de dispositivos móveis sem a devida autorização judicial.
A PF avançou nas suspeitas, segundo a jornalista, de que a instrumentalização da Abin visava abastecer de informações os filhos de Bolsonaro, seja para colaborar em contratos a serem firmados na iniciativa privada ou sobre adversários políticos. A Abin teria tentado, inclusive, estabelecer ligações entre ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), notadamente Alexandre de Moraes, e organizações criminosas internacionais, seguindo teorias conspiratórias da extrema direita nas redes sociais.
A Abin ainda teria produzido provas para favorecer Flávio e Renan Bolsonaro. Flávio Bolsonaro nos últimos anos respondeu na Justiça por uma suposta prática de rachadinha em seu gabinete na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), enquanto deputado estadual. Em nota enviada à GloboNews, Flávio Bolsonaro afirmou que “é mentira que a Abin tenha me favorecido de alguma forma, em qualquer situação, durante todos os meus 42 anos de vida. Isto é um completo absurdo e mais uma tentativa de criar falsas narrativas para atacar o sobrenome Bolsonaro. A minha vida foi virada do avesso por quase cinco anos e nada foi encontrado, sendo a investigação arquivada pelos tribunais superiores com teses tão somente jurídicas, conforme amplamente divulgado pela mídia”.
Fonte: Brasil 247
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