Na semana passada, a Polícia Federal (PF) cumpriu mandados de busca relacionados a atividades ilegais da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) sob o governo Bolsonaro, que visava espionar adversários do bolsonarismo e favorecer filhos do presidente em investigações.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o chefe de Alexandre Ramagem (PL-RJ) no governo, o general Augusto Heleno, não foram alvos nesta fase da investigação. Para ministros do STF, no entanto, isso é apenas uma questão de tempo, segundo informações da coluna Radar, da revista Veja. A lista de ações ilegais e os alvos de Ramagem não deixam dúvidas sobre os reais interessados e beneficiados pela pilantragem.
“Bolsonaro admitiu em diferentes momentos de sua gestão que tinha seu serviço informal de informação. O Heleno, que agora está sumido, como chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), permitiu que tudo acontecesse. Heleno precisa falar, mas não vai, como sabemos. As investigações vão falar por ele e por Bolsonaro, que está no centro disso e de outros episódios tristes da República”, diz um ministro do STF ao Radar.
Aliados do ex-chefe do Executivo temiam que Heleno fosse o próximo alvo da operação da Polícia Federal (PF), mas antes dele, a corporação mirou outro “aliado” de Bolsonaro, e esse, mas próximo impossível: o filho e vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ).
Os mandados desta segunda-feira visam contatos de Alexandre Ramagem (PL-RJ), aliados dele na época da Abin e no atual mandato como deputado federal. A ação de busca e apreensão tem como objetivo identificar possíveis destinatários de informações.
Um dos locais mencionados por uma fonte da PF é a Câmara do Rio de Janeiro, além da residência de Carluxo e o DF. A suspeita é de que Carlos, filho “02” de Bolsonaro, teria recebido “materiais” obtidos ilegalmente pela Abin.
Fonte: DCM
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