domingo, 7 de janeiro de 2024

"8 de janeiro foi vergonha nacional, mas resposta foi firme", diz Alckmin

 Vice-presidente diz que instituições reagiram à fracassada intentona golpista

Geraldo Alckmin (Foto: Reprodução)

O vice-presidente Geraldo Alckmin concedeu uma entrevista ao jornal O Globo, um ano após os eventos de 8 de janeiro que marcaram a história do país. Alckmin estava em uma missa em São Paulo quando foi informado sobre a movimentação golpista em Brasília por meio de um bilhete de um assessor. Ao perceber a gravidade da situação, antecipou seu retorno à capital federal para reforçar a resposta institucional contra os ataques à República.

Alckmin ressaltou a importância da "resposta firme e rápida" dos Três Poderes na defesa da democracia, destacando a união dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, assim como a participação de governadores e entidades de prefeitos. Ele enfatizou que a ação conjunta foi crucial para conter os atos que considerou uma "vergonha nacional".

Questionado sobre sua conversa com o presidente Lula, Alckmin afirmou que o presidente estava horrorizado com os acontecimentos, e ambos concordaram sobre a importância de preservar a democracia brasileira. O vice-presidente também destacou a necessidade de investigar quem financiou e propagou atos golpistas.


Sobre a destruição do Planalto, Alckmin expressou sua indignação, descrevendo o episódio como um ato de violência e covardia. Ele salientou que a democracia permite o conflito, mas que é essencial manter a civilidade no debate político.

Quando questionado sobre a polarização política um ano após os eventos, Alckmin observou que a polarização mais raivosa diminuiu, refletindo um fenômeno mundial. Ele ressaltou a importância da civilidade e do espírito democrático no processo eleitoral.

Sobre possíveis temores antes do 8 de janeiro, Alckmin indicou que não havia receios, mas após os acontecimentos, concluiu que estava em marcha uma tentativa de golpe. Ele reiterou que o episódio foi um dia de vergonha nacional, mas a resposta foi rápida e firme.

Quanto à missão de pacificar a relação com os militares, Alckmin afirmou que o presidente sempre respeitou as instituições e que, apesar de desconfianças iniciais, a relação foi superada. Ele elogiou o comandante do Exército, general Tomás Paiva, destacando a importância de separar política partidária de instituições de Estado.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

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