sexta-feira, 23 de junho de 2023

Polícia prende 4º suspeito de ligação com ataque a escola no Paraná

 Ainda não há data definida para a reabertura do colégio Helena Kolody. As aulas nas demais escolas da rede estadual em Cambé voltaram nesta quinta (22), com baixa adesão de alunos

Colégio Estadual Professora Helena Kolody, em Cambé, Paraná (Foto: Reprodução)

Agenda do Poder - A Polícia Civil do Paraná prendeu nesta sexta-feira (23), em Rolândia (PR), uma quarta pessoa suspeita de ligação com ataque a uma escola estadual em Cambé, no norte do estado. Trata-se de um homem de 35 anos.

As investigações seguem em andamento. Todo o caso corre em sigilo, e a Polícia Civil não revela outros detalhes, como o papel de cada suspeito no ataque.

Na manhã de segunda (19), um ex-aluno de 21 anos entrou sozinho no Colégio Estadual Professora Helena Kolody e atirou contra dois estudantes, o casal de namorados Karoline Verri Alves, 17, e Luan Augusto da Silva, 16, que morreram.

O atirador foi preso minutos depois e levado para a Casa de Custódia de Londrina, cidade vizinha. Um dia depois do ataque, a Sesp (Secretaria de Estado da Segurança Pública) informou que ele foi encontrado morto na cela. Há suspeita de suicídio, mas as investigações ainda não foram concluídas.

Na mesma prisão estava detido outro homem de 21 anos suspeito de ajudar no plano de ataque à escola. Ele foi preso ainda na noite de segunda-feira.

Na quarta (21), um terceiro jovem, de 18 anos, foi preso por suspeita de ligação com o caso. O mandado de prisão foi cumprido na cidade de Gravatá, em Pernambuco. A quarta prisão relacionada ao ataque aconteceu nesta sexta (23).

Ainda não há data definida para a reabertura do colégio Helena Kolody, mas as aulas nas demais escolas da rede estadual em Cambé voltaram nesta quinta (22), com baixa adesão de alunos.

De acordo com a Seed (Secretaria de Estado da Educação), a presença nas escolas ficou em 45%, em média. (*Com informações da Folha de S. Paulo.)

"Reunião com Macron foi ótima", diz Lula em Paris

 Presidente da França, Emmanuel Macron, por sua vez, qualificou o encontro de “formidável”

23.06.2023 - Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante almoço de trabalho oferecido pelo Presidente da República Francesa, Emmanuel Macron. Paris - França. (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

 Adriana Moysés, da RFI - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva demonstrou ter ficado satisfeito com o almoço de trabalho que teve nesta sexta-feira (23), em Paris, com o anfitrião Emmanuel Macron. Ao deixar o Palácio do Eliseu, após cerca de uma hora e meia de discussões, Lula fez uma breve declaração à imprensa: “Otima reunião, ótimo jantar, vai ser ótima a próxima conversa”, declarou o brasileiro. Macron, por sua vez, qualificou o encontro de “formidável”.

No almoço, eles abordaram o acordo Mersosul-União Europeia, como era previsto, a parceria estratégica na área da defesa, intercâmbio cultural, as mudanças climáticas e a guerra na Ucrânia, segundo fontes do Itamaraty.

Lula foi ao almoço acompanhado pelo chanceler Mauro Vieira, o assessor especial da presidência, Celso Amorim, os ministros José Mucio, da Defesa, Fernando Haddad, da Fazenda, e Alexandre Silveira, de Minas e Energia. Na saída, no alto da escadaria do Eliseu, Amorim e Macron ainda trocaram algumas frases. Não houve coletiva de imprensa por causa da agenda carregada de bilaterais que ambos tinham no período da tarde. O presidente Lula dará uma coletiva na manhã de sábado, antes de retornar ao Brasil. 

 Lula considera a carta adicional que a União Europeia enviou ao Mercosul “inaceitável”. No texto, o bloco faz novas exigências, principalmente em relação a questões ambientais. Em Roma, Lula argumentou que os europeus estabelecem "punições" aos países que não cumprem o Acordo de Paris sobre o clima, que eles próprios não respeitam. Macron discorda dessa acusação. Diz que as condenações por inação climática da França são anteriores a 2019, algumas duraram até 2021, mas a França teria recuperado o atraso no corte de emissões desde então.  

Pontos de atrito - Antes do almoço desta sexta com Macron, Lula disse que iria questionar o francês sobre uma resolução aprovada na Assembleia Nacional, na semana passada, que pede ao governo para rejeitar o acordo com os sul-americanos. "A França é muito dura na defesa de seus interesses agrícolas”, declarou. “Mas precisa entender que os outros também defendem suas agriculturas”, acrescentou, dizendo que cada país deve abrir mão de seu “protecionismo”. 

 Nessa negociação que se estende ha 23 anos, a questão agrícola não é o único problema. As condições de acesso às licitações públicas, avaliadas em mais de US$ 150 bilhões por ano, também sao desfavoraveis ao Brasil. O acordo assinado pelo presidente Jair Bolsonaro, em 2019, prevê que este mercado estaria aberto para as empresas europeias, mas, na visão do governo Lula, seria uma ameaça à capacidade de concorrência das indústrias nacionais. O Brasil, agora, quer rever essas condições. 

 Mais cedo, no encerramento da Cúpula sobre o Novo Pacto Global de Financiamento, Lula cobrou a reforma das instituições multilaterais como ONU e FMI, que segundo ele "não representam mais o mundo de hoje”. Diante de cerca de 40 chefes de Estado e de Governo e dos presidentes dos principais organismos financeiros, o brasileiro alegou que sem mudanças na governança mundial, “a questão climática vira uma brincadeira”. 

 O presidente argumentou que as instituições criadas após a Segunda Guerra Mundial não atendem mais à geopolítica atual. O enfraquecimento de organismos como a Organização Mundial do Comércio (OMC), esvaziada pelos Estados Unidos, possibilitaram a "volta do protecionismo”, inclusive pelos países ricos. Como consequência, concluiu, "nós estamos vendo a pobreza crescer em todos os continentes”. 

 “É preciso ter clareza que se a gente não mudar as instituições, quem é rico vai continuar rico e quem é pobre vai continuar pobre,” criticou. Durante dois dias, a cúpula buscou encontrar caminhos para aumentar a ajuda financeira para os países mais vulneráveis enfrentarem a pobreza e, ao mesmo tempo, o desafio do desenvolvimento sustentável.  

Fonte: Brasil 247 com RFI

Gleisi pode ter caminho aberto ao Senado com possível cassação de Moro

 Nos bastidores, projeta-se uma disputa entre a presidente nacional do PT e o deputado Ricardo Barros, do PP, para ocupar a vaga de Moro em caso de cassação e nova eleição no Paraná

Sérgio Moro e Gleisi Hoffmann (Foto: Reprodução)

Caso o ex-juiz suspeito e atual senador Sergio Moro (União-PR) seja de fato cassado pela Justiça Eleitoral, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR) deve se confirmar como candidata ao Senado, informa a colunista Bela Megale do jornal O Globo.

A candidatura de Gleisi ocorreria em um cenário de determinação, pela Justiça Eleitoral, de nova eleição para o posto de Moro. Tal situação já foi vista no caso da ex-senadora Selma Arruda (conhecida como 'Moro de Saias'), do Mato Grosso, cassada em 2019 por abuso de poder econômico.

Nos bastidores, projeta-se uma disputa entre Gleisi e o deputado Ricardo Barros, do PP, para ocupar a vaga de Moro em caso de nova eleição no Paraná. Vale lembrar que os deputados poderiam disputar a eleição sem perder a atual vaga na Câmara. 

Fonte: Brasil 247 com informações da colunista Bela Megale do jornal O Globo

Agentes de Saúde e de Endemias recebem capacitação da Fiocruz

 

Agentes Comunitários de Saúde (ACSs) e Agentes Comunitários de Endemias (ACEs) de Apucarana iniciaram hoje o curso de Aperfeiçoamento em Educação Popular em Saúde, promovido e certificado pela Fiocruz. Com quase 200 participantes (197),  qualificação é ofertada pela Autarquia Municipal de Saúde (AMS), por meio da Superintendência da Atenção Básica e do Programa de Residência Multiprofissional.

O curso será ministrado em vários encontros semanais ao longo do ano. “É uma prática voltada para a promoção, a proteção e a recuperação da saúde a partir do diálogo entre a diversidade de saberes, valorizando os saberes populares, a ancestralidade, a produção de conhecimentos e a inserção destes no SUS”, afirma o superintendente da Atenção Básica, Odarlone Orente.

Adriana Palu, preceptora e coordenadora do curso em Apucarana, ressalta a importância de valorizar os diversos saberes da própria comunidade. A coordenadora da Residência Multiprofissional da AMS, Angélica Ferreira Domingues, complementa que a parceira formativa no território de atuação é fundamental para a melhor prestação de serviços dentro do SUS.

Polícia francesa enquadra bolsonaristas em Paris (vídeo)

 Policiais recolheram bandeiras e banners usados pelos apoiadores de Bolsonaro

Policiais e bolsonaristas em Paris (Foto: Reprodução)

A polícia da França multou apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) que estavam em Paris, capital do país europeu, em manifestações de apoio ao ex-ocupante do Planalto e de protesto contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Policiais recolheram bandeiras e banners usados pelos bolsonaristas. 

O presidente Lula foi à capital francesa para encontros com outras lideranças. Lula comentou sobre temas como desigualdade, economia mundial e meio ambiente.

Secretária de Estado da Mulher conhece estrutura e programas de Apucarana




Apucarana é um dos 17 municípios do Paraná que possui estruturado um Organismo de Políticas para as Mulheres (OPM). A experiência de Apucarana, que é referência no Paraná, foi verificada pessoalmente pela secretária de Estado da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa, Leandre Del Ponte, nesta sexta-feira (24/06). Além de conhecer a equipe, a secretária visitou e recebeu informações sobre diversos programas.

Leandre Del Ponte, que é deputada federal licenciada, esteve acompanhada durante a visita pela diretora estadual de Políticas Públicas e presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher, Mariana Neris. “Apucarana faz um trabalho de combate à discriminação da mulher, que é exemplo para o Paraná e o País. Saímos daqui de Apucarana com muito entusiasmo, levando essas ações como uma possibilidade de constituição de políticas públicas que podem ser replicadas em outros municípios”, frisa Del Ponte.

A secretária iniciou a visita pelo Centro de Atendimento à Mulher (CAM), no Jardim América, onde foi recebida pela secretária da Mulher, Denise Canesin. Além da equipe do CAM, também esteve presente a secretária da Assistência Social, Jossuela Pirelli. “A secretária Leandre Del Ponte conheceu a estrutura e recebeu informações sobre diversas ações, como os cursos profissionalizantes, Patrulha Maria da Penha, procuradoria jurídica, botão do pânico e medidas protetivas, entre outras”, cita Denise Canesin.

Na sequência, Leandre Del Ponte foi até o Espaço Empreender (no antigo IBC da Vila Nova) onde conheceu a horta solidária e recebeu informações sobre a rede de economia solidária. “Apucarana, com a rede de economia solidária, promove a autonomia e a independência, fazendo ao mesmo tempo com este programa a prevenção da violência. Percebemos que o programa tem uma competência administrativa, técnica e jurídica que serve seguramente de inspiração para muitos municípios”, avalia a secretária.

Um dos objetivos do governo do Estado, conforme Leandre Del Ponte, é estruturar organismos de política públicas para as mulheres nos municípios. Atualmente, apenas 17 cidades possuem um OPM ativo, sendo que somente 13 – entre os quais Apucarana – com estrutura de secretaria. “A gente quer fazer uma gestão descentralizada da política voltada para a mulher. O governo do estado criou um novo arranjo de governança e queremos construir essa política de forma horizontal, através do diálogo entre estado e municípios. Apucarana já possui uma caminhada de longo tempo, experiência que contribuirá neste processo”, completa Leandre Del Ponte, acrescentando que a secretaria e o fundo estadual não existiam no mandato anterior e foram criados pelo governador Ratinho Junior no começo deste ano.

Secretária Leandre Del Ponte prestigia seminário estadual de educação em Apucarana

 



A convite do prefeito Junior da Femac, a secretária de Estado da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa, Leandre Del Ponte, prestigiou o 2º Seminário da União dos Dirigentes Municipais de Educação do Paraná (Undime-PR). O evento, que começou na quinta e acontece nas dependências da Associação Cultural e Esportiva de Apucarana (Acea), está sendo encerrado nesta sexta-feira (23/06).

A secretária é deputada federal licenciada e havia sido eleita para o terceiro mandato. “Antes de atuar com políticas públicas voltadas para as mulheres, no Congresso Nacional fui por muito tempo presidente da Frente Parlamentar Mista da Primeira Infância”, lembra Leandre Del Ponte.

A secretária, falando para um público majoritariamente feminino, disse que pretende firmar parcerias com a Undime-PR. “Essa transformação cultural que a gente quer, com direitos iguais entre homens e mulheres, começa pela educação”, reitera a secretária.


O prefeito Junior da Femac agradeceu a visita da secretária e colocou o Município à disposição para contribuir com as políticas públicas voltadas para as mulheres no Paraná. “O governador Ratinho Junior foi assertivo na criação da Secretaria de Estado da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa, e na escolha da Leandre Del Ponte para conduzir a pasta. A secretária está começando esse trabalho, fazendo a interlocução com os municípios e ouvindo as necessidades. Em Apucarana, ele veio conhecer a nossa estrutura e experiências bem-sucedidas que podem ser replicadas”, ressalta Junior da Femac, pontuando que o município é uma das 17 cidades  do Paraná que possui estruturado um Organismo de Políticas para as Mulheres (OPM).


“Jaboti” sedia a 2ª etapa do Circuito de Corridas de Rua das Escolas Municipais

 


Mais de 700 alunos/atletas disputam neste domingo (25/06), a partir das 9 horas, no Parque do Lago Jaboti, a segunda etapa do Circuito de Corridas de Rua das Escolas Municipais, com a competição sendo promovida pela Autarquia Municipal de Educação (AME) e Secretaria Municipal de Esportes da Prefeitura de Apucarana. As largadas e as chegadas das provas acontecerão na frente do Jaboticão Lanches.

“Essa será a segunda etapa do ano com a corrida tendo a realização de quatro provas nas categorias masculina e feminina. Convido toda a comunidade a prestigiar os jovens atletas nessa linda festa esportiva. Os melhores colocados neste domingo se classificam para a etapa final que ocorrerá no dia 12 de novembro na Praça Rui Barbosa”, destaca o prefeito Junior da Femac.

Vão participar da etapa os alunos das escolas João Antônio Braga Côrtes, Antonieta Lautenschlager, Matheus Leme, Durval Pinto, Albino Biacchi, Bento Fernandes Dias, Dinarte Pereira de Araujo, Joaquim Vicente de Castro e Plácido de Castro, que competirão nas categorias A (nascidos em 2015), B (nascidos em 2014), C (nascidos em 2013) e D (nascidos em 2012).

“Nós incentivamos a prática do atletismo nas nossas escolas porque ele é a base para outras modalidades esportivas. Além disso, as crianças e suas famílias gostam muito de participar das corridas. Devido ao aumento expressivo no número de estudantes inscritos, nós tivemos que aumentar de quatro para cinco etapas do circuito neste ano”, disse a secretária de educação, Marli Fernandes.

“Depois do sucesso da etapa inicial realizada no Pirapó, agora teremos neste domingo a prova no Jaboti com a participação de mais de 700 crianças, num trabalho excelente que é feito no município na modalidade de atletismo e que tem revelado muitos campeões nas categorias masculina e feminina”, frisa o professor Tom Barros, secretário municipal de Esportes de Apucarana.

Os três primeiros colocados de cada categoria serão premiados com troféus, enquanto os demais alunos/atletas receberão medalhas.

Defesa do coronel que trocou mensagens golpistas com Cid pede que ele seja ouvido como investigado pela CPI

 


A defesa do coronel Jean Lawand Júnior pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que ele tenha direito de ser ouvido somente como investigado pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do 8/1. Nesse caso, ele poderia ficar em silêncio e responder somente as perguntas que não o incriminem.

O militar trocou mensagens com Mauro Cid, ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, sobre um possível golpe de Estado contra o resultado das eleições de 2022.

Ele era subchefe do Estado Maior do Exército e, de acordo com a PF, incentivou Mauro Cid a convencer Jair Bolsonaro de impedir que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tomasse posse em 1º de janeiro deste ano.

O coronel foi convocado pela CPI na última terça-feira (20/6) para prestar depoimento como testemunha. Nesse caso, tem obrigação de comparecer e responder a todas as perguntas.

A defesa argumenta que ele deve ser ouvido como investigado, pois Lawand pode passar por “situações constrangedoras” durante a oitiva, caso seja testemunha.

“É possível que ocorram situações constrangedores durante a oitiva do Cel Lawand, como testemunha, e que possam comprometer seu direito ao silêncio e a não incriminação. Caso venha a se confirmar a referida postura por algum membro da CPMI quando do depoimento do paciente, haverá nítido constrangimento ilegal, o que se busca desde já evitar por meio desta ação preventiva”, argumentam os advogados.

Fonte: Agenda do Poder com informações do Metrópoles.

Em relatório a Moraes, PF liga Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, ao 8 de janeiro

 Segundo a PF, provas ligam Cid à tentativa de golpe, seja “por meio de induzimento e instigação de parcela da população”, seja por meio de “atos preparatórios propriamente ditos”

Bolsonaro com Mauro Cid e ato golpista em 8 de janeiro em Brasília (Foto: Isac Nóbrega/PR | Joédson Alves/Agência Brasil)

Em relatório sigiloso encaminhado ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, a Polícia Federal afirma que o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, e sua esposa, Gabriela Cid, tiveram participação no 8 de janeiro. Naquele dia, terroristas bolsonaristas invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes em Brasília, em uma tentativa de golpe de estado contra o presidente Lula (PT).

No documento enviado ao ministro, de acordo com a revista Veja, "os elementos de prova" confirmam a hipótese criminal sobre a participação de Cid e sua esposa na tentativa de golpe, seja “por meio de induzimento e instigação de parcela da população”, seja por meio de “atos preparatórios propriamente ditos”.

"A atuação dos investigados, possivelmente, foi um dos elementos que contribuiu para os atos criminosos ocorridos no dia 8 de janeiro de 2023, materializando os objetivos ilícitos da organização criminosa investigada”, diz a PF.

A corporação ainda informa que localizou com Cid “grande quantidade de dados”, extraídos de diferentes meios eletrônicos. O material será periciado.

Fonte: Brasil 247 com informações da revista Veja

Alckmin demonstra de forma didática o prejuízo bilionário que Campos Neto causa ao Brasil

 "Você fica fazendo economia de um bilhão, meio bilhão, e acaba gastando aí quase R$ 200 bilhões em razão de ter uma taxa Selic nessa altura", disse ele

Geraldo Alckmin e Roberto Campos Neto (Foto: Reprodução | ABr)

O presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), Geraldo Alckmin, criticou, nesta quinta-feira (22), a decisão do Banco Central de manter os juros básicos da economia (taxa Selic) em 13,75% ao ano, mesmo com inflação em queda. Em uma declaração enfática, Alckmin destacou o prejuízo causado pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, ao país.

Alckmin, que está no exercício da Presidência da República esta semana durante a viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Europa, demonstrou de forma didática o impacto negativo da taxa Selic elevada. Ele ressaltou que cada 1% da taxa Selic custa R$ 38 bilhões de pagamento do serviço da dívida pública, e uma taxa 5% acima do que deveria estar resultaria em um custo de aproximadamente R$ 190 bilhões.

"Você fica fazendo economia de um bilhão, meio bilhão, e acaba gastando aí quase R$ 200 bilhões em razão de ter uma taxa Selic nessa altura", criticou Alckmin. Sua declaração evidencia o prejuízo significativo que a política monetária atual está causando às finanças públicas do país.

Alckmin também ressaltou que, mesmo durante a gestão de Roberto Campos Neto à frente do Banco Central, a taxa Selic já foi reduzida para 2% ao ano, o nível mais baixo da série histórica. Além disso, ele apontou que o atual cenário internacional de juros negativos e inflação em queda torna ainda mais difícil compreender a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter os juros básicos elevados.

Com uma inflação em declínio e expectativas de redução, Alckmin argumentou que a taxa Selic em patamares elevados acaba tendo um impacto fiscal negativo. Ele enfatizou que, se a preocupação é a dívida pública, não há nada pior do que manter a taxa de juros desnecessariamente alta.

O presidente em exercício demonstrou claramente seu descontentamento com a decisão do Banco Central e evidenciou o prejuízo econômico e fiscal que o país está enfrentando devido à taxa Selic elevada. Suas palavras ressoam como um apelo por uma política monetária mais adequada às condições atuais do Brasil, buscando impulsionar a atividade econômica e garantir uma gestão fiscal mais eficiente.

Fonte: Brasil 247

Anitta revela se possui algum arrependimento por ter apoiado Lula nas eleições

 Cantora abriu o jogo em relação ao apoio prestado a Lula

Lula e Anitta (Foto: Ricardo Stuckert | Reprodução/MTV)

Anitta, 30, não se arrepende de ter apoiado o presidente Lula nas eleições do ano passado.

"Eu não me arrependo de me posicionar não. A gente tá num clima bem melhor do que a gente tava antes. O maior motivo de eu me posicionar era realmente o clima que eu sentia, de guerra, de briga, nervos a flor da pele. Já é uma vitória a gente não estar nesta energia péssima, de estar na briga, no ataque uns aos outros", disse a cantora em declaração ao portal Splash, do portal UOL.

Fonte: Brasil 247 com portal Splash do portal UOL

Derrotada na CPMI do 8 de janeiro, oposição quer levar Rui Costa e G. Dias à CPI do MST

 "É crucial descobrir quais informações a agência coletou sobre as ações, principalmente do MST", diz Ricardo Salles (PL-SP), relator da CPI, sobre a Abin

O ministro da Casa Civil, Rui Costa | Manifestação do MST em Brasília (Foto: ABR)

A CPI do MST, controlada pela bancada de oposição ao governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), está planejando aprovar na próxima semana requerimentos conjuntos para a convocação do ex-titular do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência, general Gonçalves Dias, e do ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), informa a Folha de S. Paulo. O objetivo é obter informações sobre as atividades da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) relacionadas ao monitoramento dos movimentos sem-terra. Desde o início do governo Lula, a agência tem estado subordinada tanto ao GSI quanto à Casa Civil.

"É crucial descobrir quais informações a agência coletou sobre as ações, principalmente do MST", afirma o deputado Ricardo Salles (PL-SP), relator da CPI. Salles ressalta a intenção de aprovar a convocação das autoridades, onde a presença é obrigatória, ao invés de um convite opcional. A próxima sessão da CPI está agendada inicialmente para a próxima terça-feira (27), podendo ser adiada caso não haja sessões presenciais na Câmara na semana que vem.

Na última terça-feira (20), a comissão já havia convocado dois dos principais líderes sem-terra do país, João Pedro Stedile (MST) e José Rainha (Frente Nacional de Luta). 

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Moraes vota para tornar réu homem que destruiu relógio em 8 de janeiro

 O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou, nesta sexta-feira (23), para tornar réus 45 pessoas denunciadas pela Procuradoria-Geral da República

O bolsonarista Antônio Cláudio Alves Ferreira ao destruir o patrimônio público brasileiro (Foto: Divulgação/Presidência da República)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou, nesta sexta-feira (23), para tornar réus 45 pessoas denunciadas pela Procuradoria-Geral da República pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. 

De acordo com Metrópoles, entre os denunciados estão Willian da Silva Lima, que roubou a toga de um dos ministros; Marcelo Fernandes, que levou réplica da Constituição Federal de 1988 da sede da Corte; e Antônio Cláudio Alves Ferreira, investigado sob suspeita de ter quebrado um relógio histórico no Palácio do Planalto.

Até o momento, o STF colocou no banco dos réus 1.245 pessoas. Com mais este o oitavo bloco de acusações, serão 1.290 análises concluídas. O caso foi dividido em partes devido ao grande número de denunciados. Como, no total, são 1.390 em dois inquéritos e em petições, faltam 100 pessoas a terem as denúncias analisadas.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Ministros dos TSE querem agilizar pauta para julgar mais dois processos contra Bolsonaro até novembro

 Pressa está ligada à saída, em novembro, do corregedor-geral eleitoral, ministro Benedito Gonçalves. Cargo será assumido pelo ministro Raul Araújo, tido como um aliado de Bolsonaro

Fachada do TSE e Jair Bolsonaro (Foto: Roque de Sá/Agência Senado | REUTERS/Adriano Machado)

Após o término do julgamento iniciado esta semana e que poderá tornar Jair Bolsonaro (PL) inelegível, membros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pretendem agilizar a tramitação de mais dois processos contra o ex-mandatário, visando incluí-los na pauta do plenário até novembro. O motivo para a pressa está ligado à saída, em novembro, do corregedor-geral eleitoral, ministro Benedito Gonçalves, que terá completado seu mandato de dois anos. O cargo será assumido pelo ministro Raul Araújo, visto como um aliado de Bolsonaro na Corte.

Segundo a coluna da jornalista Carolina Brígido, do UOL, os dois processos que deverão ter uma tramitação acelerada até novembro dizem respeito às investigações sobre a disseminação de notícias falsas e sobre o pacote de medidas anunciado por Bolsonaro às vésperas das eleições do ano passado.

Na ação das fake news, além de Bolsonaro, outras 47 pessoas estão sendo investigadas, incluindo seus três filhos: Carlos, Flávio e Eduardo. Também estão entre os alvos da ação as deputadas Carla Zambelli (SP) e Bia Kicis (DF) do PL, o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles, o empresário Otavio Fakhoury, o ex-secretário especial de Cultura no governo Bolsonaro Andre Porciuncula, o deputado Mario Frias (PL-RJ), que ocupou o mesmo cargo, e o ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem. Já no processo referente ao pacote de medidas, Bolsonaro e o candidato a vice-presidente em sua chapa, Walter Braga Netto, estão sendo investigados.

Ainda segundo a reportagem, a previsão é que Gonçalves começará a ouvir depoimentos em agosto. Algumas testemunhas serão ouvidas em um único dia, abordando mais de uma investigação, a fim de agilizar o andamento dos processos. O ex-ministro da Casa Civil, senador Ciro Nogueira (PP-PI), por exemplo, foi indicado por Bolsonaro como testemunha em diversas ações.

As acusações elencadas nos 15 processos são diversas. Entre elas está o suposto uso indevido da Polícia Rodoviária Federal para prejudicar as eleições do ano passado, além do uso do cargo para promover a candidatura em eventos financiados pelo erário público."

Fonte: Brasil 247 com informações da coluna da jornalista Carolina Brígido do UOL

"Modelo de Moro e Dallagnol dá nojo", diz Gilmar Mendes ao defender juiz de garantias

 "O que se está se oferecendo ao Brasil é a chance de uma fuga para frente”, definiu o ministro do STF

(Foto: ABr | Senado)

Ao comentar a discussão no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o sistema de juiz de garantias, o ministro da Corte Gilmar Mendes voltou a fazer críticas contundentes à Lava Jato e a dois de seus principais nomes: o ex-juiz parcial e hoje senador Sergio Moro (União Brasil-PR) e o ex-procurador e deputado federal cassado Deltan Dallagnol (Podemos-PR).

"Acho que houve uma paixão por um segmento aí da magistratura em relação a esse tema, paixão que tem até a ver com uma certa memória. Veja que quem ficou contra o juiz de garantias foi o Moro, uma certa homenagem à Lava Jato. Mas fazer homenagem à Lava Jato agora está meio esquisito, meio estranho. Alguém ainda se filia a essa corrente depois de tudo que se revelou na Vaza Jato? Alguém ainda é capaz? O que se está se oferecendo ao Brasil é a chance de uma fuga para frente, de não repetir mais esse modelo. Esse modelo de Moro, Dallagnol, força-tarefa e Bretas dá asco, dá nojo. Alguém é capaz de subscrever isso? Alguém quer dizer ‘eu compartilho disso, esse é um bom modelo’?”, questionou o ministro durante entrevista nesta sexta-feira (23) aos jornalistas Carla Araújo e Tales Faria, do UOL.

Perguntado sobre a possibilidade de cassação do mandato de senador de Moro, Gilmar Mendes preferiu o silêncio: "vamos aguardar. O futuro a Deus pertence”

Na sequência, o ministro ironizou o episódio em que Dallagnol contou ter recebido diversas transferências bancárias de 'agentes de Deus'. “O Brasil produziu esses combatentes da corrupção que gostam imensamente de dinheiro. Esse é um dado curioso. Veja que o Dallagnol inclusive viaja para o exterior e diz que viajando no avião começou a receber pix. É um novo fenômeno da espiritualidade com o dinheiro”.

Fonte: Brasil 247

Lula faz o discurso mais aplaudido da cúpula de Paris

 Presidente participou da Cúpula para um Novo Pacto Financeiro Global e recebeu aplausos de chefes de governo, líderes de Estado e representantes de organizações internacionais

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Joly/Pool via Reuters)

Durante a Cúpula para um Novo Pacto Financeiro Global em Paris, na França, nesta sexta-feira (23), o presidente Lula (PT) proferiu o discurso mais aplaudido do evento, relata o Valor Econômico. Em uma reação entusiasmada, a fala do mandatário brasileiro se destacou entre as dos demais chefes de governo, líderes de Estado e representantes de organizações internacionais. Lula abordou as exigências da União Europeia (UE) para o acordo com o Mercosul, classificando-as como uma "ameaça" em sua declaração, que durou mais de 20 minutos.

Sentado ao lado do anfitrião, o presidente francês Emmanuel Macron, no Palácio Brongniart, Lula expôs sua preocupação com as condições europeias, que, segundo ele, representam uma barreira para o acordo. Ele ressaltou a importância de repensar a arquitetura do sistema financeiro global e buscar soluções para o financiamento climático. "Estou ansioso para firmar um acordo com a UE, mas a carta adicional proposta por eles impede que isso aconteça", declarou Lula, enfatizando a necessidade de discutir o assunto com mais empenho. Ele questionou a viabilidade de uma parceria estratégica com ameaças presentes em uma carta adicional. Lula salientou: "como resolveremos essa questão?".

A fala de Lula, no entanto, foi muito além. Conforme relata a jornalista Denise Assis em artigo publicado no Brasil 247, o presidente "falou com a autoridade dos que conhecem a fome, das desigualdades e do abismo entre as atividades de países ricos e pobres. (...) Lula mostrou ao mundo a urgência da montagem de um modelo que sirva aos tempos atuais, em que a ONU volte a ser um organismo capaz de colaborar com o ordenamento da paz no mundo, com real autoridade para fazê-lo. Conclamou os chefes de Estado presentes a repensar as suas atitudes e objetivos. Alertou para a nocividade da pobreza para o planeta e o seu futuro. Abriu os olhos do mundo sobre o quanto atraso e clima são temas que caminham juntos para a degradação da humanidade. Tocou com segurança numa necessária mudança da visão econômica do ganha, ganha, apontando que no final todos perderão.  Mostrou a todos que os cinco milhões de quilômetros quadrados de Amazônia são do Brasil, mas servem ao mundo, que deve pagar por isto, ajudando a preservá-la. Citou números do seu país, dos demais continentes e conclamou os seus homólogos a lutar pela paz. Não da maneira demagógica que se costuma falar do tema, mas falando ao que eles todos entendem de sobra: suas caixas registradoras".

Fonte: Brasil 247

'Inelegibilidade é o mínimo': deputados pedem responsabilização de Bolsonaro na Justiça

 

Com início de julgamento no TSE, esquerda aguarda resultado enquanto pensa próximos passos da luta pró-democracia

Futuro político de Bolsonaro está nas mãos do TSE - Marcos Corrêa/Presidência da República

O início do julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que pode tornar Jair Bolsonaro (PL) inelegível ampliou as expectativas de lideranças do campo da esquerda em torno da responsabilização do ex-presidente. Acusado de cometer abuso de poder político por conta da reunião em que tentou descredibilizar o sistema eleitoral brasileiro diante de embaixadores em julho do ano passado, com transmissão por canais oficiais, Bolsonaro recebeu parecer do Ministério Público Eleitoral (MPE) favorável à sua inelegibilidade.

A sessão do TSE foi suspensa logo depois do posicionamento do MPE para ser retomada na próxima (27), com a leitura do voto do relator do caso na Corte, o ministro Benedito Gonçalves, mas a largada do julgamento foi suficiente para atiçar as críticas por parte de parlamentares que cobram penalidades para o ex-presidente. O pedido apresentado à Justiça Eleitoral partiu do PDT, autor da ação que está em discussão na Corte. Em entrevista à GloboNews nesta quinta (22), o líder do partido na Câmara dos Deputados, André Figueiredo (CE), disse esperar que o tribunal "nos livre do risco à democracia que ele sempre representa".  

"Cabe aos ministros do TSE trabalharem na perspectiva de que aquele ato veio dentro de um contexto de ataque violento à democracia, inclusive com o 8 de janeiro, que, evidentemente, não vai ser analisado porque ele já não era mais presidente da República. Mas todos esses atos foram uma sequência de ações que infelizmente levaram o nosso Brasil a passar anos muito difíceis e com grave risco à democracia", disse.

O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) se manifestou via Twitter. "Que Bolsonaro seja condenado por seus crimes e tornado inelegível, virando essa página triste de nossa história. Bolsonaro inelegível já", cobrou o parlamentar, que também comentou as características do posicionamento do relator. "O voto estritamente técnico do ministro Benedito Gonçalves desmonta completamente qualquer argumento de Bolsonaro quanto à perseguição judicial. Ele narra exaustivamente o passo a passo da investigação e a plena lisura do processo. Não há como se vitimizar."

A presidenta do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), também se pronunciou pelo Twitter. "Não está fácil a vida do genocida depois do que a gente viu no primeiro dia de julgamento no TSE. Sabendo disso, [a oposição] já começa a narrativa de vitimização, falando em depressão de Bolsonaro. É isso que vão fazer, colocar ele como coitado pra manipular o povo. Mas não vai colar. Todo mundo sabe bem o mal que esse homem fez. [Em] depressão ficou o país na presidência dele”, criticou.


O líder do PSOL na Câmara, Guilherme Boulos (SP), disse ao Brasil de Fato que vê o julgamento como o início de um amplo processo de responsabilização para o ex-presidente. "Torná-lo inelegível é apenas o começo de um grande acerto de contas que o país precisa ter com sua história. Ele e seus cúmplices precisam ser responsabilizados por todos os crimes que cometeram, como a tragédia deliberada do negacionismo durante a pandemia e a tentativa de golpe do 8 de janeiro. Não se trata de 'revanchismo', pelo contrário: trata-se, isto sim, de justiça e direito à memória. O Brasil precisa lidar com os erros do passado para que eles jamais voltem a se repetir no futuro".

Na mesma sintonia, a psolista Fernanda Melchiona (RS) disse à reportagem que espera justiça e rapidez no julgamento. "Foram públicos e notórios o abuso de poder público e o uso de canais estatais durante aquela reunião escandalosa que Bolsonaro fez com os embaixadores de julho de 2022. A inelegibilidade de Bolsonaro é o mínimo. Que seja o passo inicial da luta por responsabilização pelos crimes cometidos por ele."

A parlamentar cita diferentes condutas do ex-presidente que marcaram a sua gestão à frente do Palácio do Planalto nos últimos quatro anos. "São muitos processos criminais, como os crimes contra a humanidade no caso da covid, no caso dos Yanomami, e depois, claro, toda essa narrativa golpista que culminou no ato de 8 de janeiro e que, sem sombra de dúvida, tem a participação dele como mentor no discurso e na própria narrativa", disse Melchiona.

Para Glauber Braga, a penalização do ex-capitão pelo TSE seria um sinal importante para a preservação do sistema democrático no país. "A perda dos direitos políticos é uma resposta para demonstrar que Bolsonaro não tem a possibilidade de tocar um fechamento de regime como ele esperava que fosse fazer", disse ao Brasil de Fato.

Caminhos

Para Braga, é preciso não só batalhar pela responsabilização judicial do ex-presidente, mas também pensar os caminhos a serem seguidos para as forças democráticas e progressistas no atual momento da história. Com o bolsonarismo ainda vivo no meio social e presente nos diferentes setores da luta institucional, especialmente no Congresso Nacional, o deputado vê a necessidade de se travar o que chama de "luta direta com as estruturas que deram sustentação ao governo Bolsonaro ou àquilo que se chama de bolsonarismo".

"Os fundamentalismos diversos é uma delas, a agenda de aplicação do Estado penal e policial punitivo também, que tem uma relação direta com milícias, os generais que compuseram o primeiro escalão do governo Bolsonaro, a relação que [isso] teve em determinado momento com o lavajatismo e inclusive com o objetivo de extrema direita. Ou seja, é continuar trabalhando com um processo de responsabilização em relação a esses setores", explanou.

Para o deputado, a jornada deve incluir ainda o enfrentamento à agenda de aplicação do ultraliberalismo no país, que viveu seu auge com os governos Temer (2016-2018) e Bolsonaro (2018-2022). "Existe uma enorme expectativa em relação ao governo Lula para a superação do que foi a agenda de exclusão que deixou mais de 100 milhões de pessoas passando por algum tipo de insegurança alimentar no governo Bolsonaro. Então, para que a gente consiga superar essa situação, tem que superar também a aplicação dessa agenda de natureza liberal para [trocar] por uma agenda que seja de fato garantidora dos direitos da maioria do povo."

Por fim, o parlamentar defende que o campo progressista enfrente o legado do bolsonarismo com mobilização e organização popular para além dos espaços institucionais. "Se acharmos que vamos conseguir derrotar essas estruturas só dependendo da articulação com Lira e companhia, estamos fritos. A gente só consegue avançar e derrotar de maneira definitiva essas forças com muita mobilização e organização nas ruas, nos movimentos e comunidades para além do espaço institucional parlamentar."

Edição: Thalita Pires

Fonte: Brasil de Fato