sábado, 8 de abril de 2023

"Parte do agro brasileiro vive no século passado", diz Gleisi ao denunciar trabalho escravo no país

 "Agro lucra em cima de trabalhadores, com desmatamento e agrotóxico. Não tem nada de pop nisso", denunciou a presidente nacional do PT

Presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (Foto: REUTERS/Adriano Machado)


247 - A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffman (PR), denunciou neste sábado (8) uma parcela do agronegócio brasileiro como "pertencente ao século passado", devido ao uso de práticas de trabalho análogas à escravidão e ao abuso no desmatamento e na utilização de agrotóxicos.

A parlamentar mencionou a atualização de quarta-feira (5), pelo Ministério do Trabalho e Emprego, do Cadastro de Empregadores - a "lista suja" do trabalho escravo, onde foram apontados 289 empregadores responsáveis por submeter cidadãos a condições análogas à escravidão.

"Das 289 empresas lista suja do trabalho escravo, 172 são de atividades rurais. Parte do agro brasileiro vive no século passado lucrando em cima de trabalhadores, com desmatamento e agrotóxico. Não tem nada de pop nisso", denunciou Gleisi.

Fonte: Brasil 247

TV 247 passa a retransmitir o Sem Censura, produzido pela EBC

 Entrevistado deste sábado é o criminalista Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, que criticou a operação Lava Jato

(Foto: Reprodução)

A TV 247, em parceria com a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), passa a retransmitir o programa Sem Censura, que traz entrevistas com personalidades dos mais diversos setores. Neste sábado, o programa apresenta uma entrevista com o advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, que criticou a operação Lava Jato. O programa, exibido originalmente pela EBC às segundas-feiras, passa a ser retransmitido também pela TV 247 aos sábados.

Kakay é um dos mais renomados advogados criminalistas do país. Na entrevista, ele criticou a forma como a Lava Jato foi conduzida, afirmando que houve uma falta de respeito às garantias fundamentais dos acusados, bem como uma instrumentalização da operação para fins políticos.

Segundo o advogado, a Lava Jato se tornou uma "operação midiática", que não respeitou o devido processo legal e acabou condenando pessoas sem provas concretas. Ele destacou que a operação teve impactos negativos na economia do país, prejudicando empresas e gerando desemprego.

Kakay também criticou a postura de alguns setores do judiciário, que segundo ele, agiram de forma parcial e politizada durante a Lava Jato. Ele destacou a importância de se respeitar as garantias fundamentais dos acusados, como a presunção de inocência e o direito ao contraditório e à ampla defesa.

A parceria entre a TV 247 e a EBC na retransmissão do programa é um importante passo para a democratização do acesso à informação e para a ampliação do debate público sobre temas relevantes para a sociedade brasileira.

Fonte: Brasil 247


PT propõe sessão solene em homenagem à urna eletrônica na Câmara

 Parlamentares afirmam que apoiadores e desenvolvedores da urna eletrônica "contribuíram ao fortalecimento da democracia", especialmente após os ataques promovidos por Bolsonaro

Senado | ABr (Foto: Senado | ABr)

A bancada do Partido dos Trabalhadores (PT) na Câmara dos Deputados planeja realizar uma sessão solene em homenagem aos desenvolvedores e apoiadores da urna eletrônica. O deputado Alencar Santana (PT-SP) protocolou a proposta, que recebeu apoio do líder do partido na Casa, Zeca Dirceu (PT-PR), informa a coluna do Igor Gadelha do portal Metrópoles.

Os parlamentares justificam no pedido que os apoiadores e desenvolvedores da urna eletrônica "contribuíram para o fortalecimento da nossa democracia", especialmente após os ataques e questionamentos conspiratórios feitos por Jair Bolsonaro (PL) e seus seguidores da extrema direita.

“O sistema informatizado de voto no Brasil, com a utilização da urna eletrônica, tem sido alvo de críticas, fake news e desinformação, ao longo do tempo. Após as eleições de 2018, os ataques à utilização da urna eletrônica se intensificaram. A utilização da urna eletrônica, segura e auditável, foi colocada em dúvida até mesmo pelo presidente da República”, destacam os parlamentares no pedido.

Segundo os deputados, entre os nomes que teriam participado do desenvolvimento da urna estão o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes e o ex-ministro Carlos Velloso, que presidiu o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na época da implementação do voto eletrônico.

Fonte: Brasil 247 com Igor Gadelha no Metrópoles


Ministério Público afirma que Eduardo Campos, morto em 2014, recebia propina

 Segundo a denúncia, conta na Suíça foi aberta em nome de um tio do ex-governador

Eduardo Campos (Foto: Roosevelt Pinheiros/Arquivo Ag. Brasil)

Denúncia criminal apresentada na Justiça Federal em Pernambuco afirma que o ex-governador Eduardo Campos (PSB), que morreu em 2014, era beneficiário de pagamentos feitos em uma conta em nome de um tio aberta na Suíça.

A acusação aponta que a empreiteira Odebrecht fez repasses que somaram R$ 771,5 mil (o equivalente a R$ 4 milhões atualmente) em contrapartida a favorecimento ocorrido no governo do pessebista no estado (de 2007 a 2014), informa reportagem da Folha de S.Paulo.

A acusação é um desdobramento da Operação Lava Jato e está sob segredo de Justiça. 

Um dos acusados do crime de lavagem de dinheiro é Sandra Leote Arraes, viúva de um tio do ex-governador, Carlos Augusto Arraes —morto em 2010. Outro réu —este também

suspeito de corrupção— é Aldo Guedes, ex-dirigente da Copergás, principal estatal pernambucana, e ex-sócio do ex-governador. Outros dois acusados são colaboradores da Justiça.

No último dia 17, o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, determinou a suspensão da ação penal e do sequestro de bens em relação a Sandra Leote. O magistrado atendeu a um pedido da defesa que afirmava que outros processos que têm por base dados do acordo de leniência da Odebrecht foram paralisados. 

Procurado pela reportagem, João Campos, prefeito de Recife e filho do ex-governador, não quis se pronunciar. Sua assessoria afirmou que o jornal deveria procurar o PSB em Pernambuco para falar a respeito. O partido também não quis se pronunciar sobre o tema.

Fonte: Brasil 247 com Folha de S. Paulo 






"Terrorismo bolsonarista provocou o atentado mais grave da história do Brasil", diz João Cezar de Castro Rocha

Professor da UERJ afirmou que o país presenciou um golpe de estado simbólico em 8 de janeiro e avaliou que o episódio foi mais grave do que a invasão ao Capitólio dos EUA em 2021
(Foto: ABR | Reprodução)

Em entrevista à TV 247, o professor da UERJ João Cezar de Castro Rocha, um dos maiores estudiosos da retórica fascista no Brasil, analisou o peso simbólico dos atentados terroristas bolsonaristas que se desenvolveram no país desde dezembro e culminaram no 8 de janeiro, afirmando que se trataram de alguns dos episódios mais graves da história brasileira.

Rocha destacou, entre outros casos, o episódio de 24 de dezembro de 2022: “o terrorista George Washington é preso porque havia colocado uma bomba de alta intensidade em um
caminhão de combustível para explodir no aeroporto de Brasília. É o Riocentro do século XXI. Seria o maior atentado terrorista da história do Brasil e um dos maiores da história do mundo”.

O especialista, então, prosseguiu para o marcante caso de 8 de janeiro, afirmando que, simbolicamente, houve um golpe de estado bem-sucedido no Brasil por algumas horas naquele dia: “nós esquecemos que simbolicamente, durante algumas horas, o golpe triunfou. Do ponto de vista simbólico, durante um par
de horas, longas horas, o golpe triunfou, porque os militantes bolsonaristas que principiaram na Guerra Cultural, que tornaram a Guerra Cultural uma forma de vida como seita religiosa, agora ultrapassaram o último grau possível, tornaram-se terroristas domésticos, invadiram a sede dos Três Poderes e depredaram sobretudo o Judiciário; simbolicamente, eles executaram o ministro Alexandre de Moraes, porque retiraram sua cadeira e rasgaram sua toga”.

“É muito mais grave do que o caso estadunidense, porque no 6 de janeiro [de 2021, em Washington DC] foi apenas no legislativo, o Capitólio. E não se deve confundir: por lá, o Donald Trump ainda estava no poder, onde ele ficaria até o fim do mês. O 6 de janeiro dos EUA equivale no Brasil ao 12 de dezembro [dia da diplomação de Lula e Alckmin], porque o 6 de janeiro por lá é a diplomação dos membros do colégio eleitoral, o que na prática referendava a vitória de Joe Biden. O 8 de janeiro no Brasil, por sua vez, é o que há de mais grave nos atentados da extrema direita no século XXI, porque o governo eleito já tinha uma semana no exercício do poder”, concluiu.

Fonte: Brasil 247



Inelegibilidade de Bolsonaro seria um marco para a Justiça brasileira, diz Eugênio Aragão

 Ex-ministro da Justiça elogiou o trabalho do TSE e disse que as ações contra Bolsonaro não deixam muita margem para ele se safar da inelegibilidade. Assista na TV 247

Montagem: Jair Bolsonaro e Eugênio Aragão (Foto: Alan Santos/PR | Felipe L. Gonçalves/Brasil247)

 O ex-ministro da Justiça Eugênio Aragão concedeu uma entrevista à TV 247 em que defendeu que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) declare a inelegibilidade de Jair Bolsonaro com base na campanha anti-democrática conduzida pelo ex-chefe de governo. 

A Corte está avaliando se houve alguma irregularidade cometida por Bolsonaro durante uma reunião realizada em julho do ano passado com embaixadores no Palácio da Alvorada. Durante o encontro, Bolsonaro fez uma série de ataques sem provas às urnas eletrônicas e ao sistema eleitoral brasileiro, o que resultou em uma ação de investigação judicial eleitoral movida pelo PDT. O ministro Benedito Gonçalves, corregedor-geral do TSE, é o responsável pelo caso.

Aragão elogiou o trabalho de Gonçalves e dos outros juízes eleitorais e afirmou que as ações no Tribunal são bem instruídas. Segundo ele, a situação para Bolsonaro "é um prato cheio" para o TSE, já que ele "não tem muito para onde correr". 

"Há uma vontade política do Tribunal de realmente estabelecer um marco, de até onde candidatos podem ir. Esse marco, na verdade, não é de hoje. Já vem da ação do (deputado Felipe) Francischini, que foi o primeiro precedente de que fake news pode cassar mandato", acrescentou.

Assista: 


Fonte: Brasil 247