sábado, 25 de março de 2023

Mais Médicos foi aprimorado e vai aumentar permanência dos profissionais nos locais, diz ministra Nísia Trindade

 O incentivo de fixação que pode chegar a R$ 120 mil para o médico que permanecer por quatro anos em áreas vulneráveis

Retomada do programa Mais Médicos (Foto: Walterson Rosa/MS)


A ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou que o programa Mais Médicos, retomado nesta semana pelo governo Lula, passou por uma série de aprimoramentos que devem resultar na maior permanência dos profissionais nas localidades atendidas em todo o território brasileiro. 

Serão ao todo 28 mil médicos do programa em todo o país, incluindo os que já estão atuando. O governo federal abriu edital com 5 mil vagas para novos médicos, e outras 10 mil serão ofertadas em parceria com os municípios. 

Em entrevista à TV 247, a ministra destacou o impacto positivo do programa, lançado durante o governo Dilma Rousseff, na redução da mortalidade infantil e melhoria do tratamento de muitos problemas de saúde que têm na atenção primária o lugar fundamental. “Havia uma expectativa imensa dos municípios pela retomada do programa”, afirmou. 

Para Trindade, a nova versão do Mais Médicos é fruto de aprendizado e passou por aperfeiçoamentos. Um deles é o combate às causas do programa fixar por um tempo muito curto os brasileiros com registro no país. “O governo prevê que os médicos que se formaram com financiamento estudantil terão um abono para o pagamento da dívida durante o período. O valor adicional varia entre 40% e 80% da bolsa, em escala progressiva, para quitar a dívida. Nós consideramos como um importante incentivo para a fixação. É como um abono permanência”, afirmou. O incentivo de fixação que pode chegar a R$ 120 mil para o médico que permanecer por quatro anos em áreas vulneráveis.

A ministra Nísia Trindade também questionou as críticas, reverberadas na mídia corporativa, sobre o Mais Médicos ser um programa relativamente antigo. “Qual o problema disso? Há um erro nesta busca por uma marca original. Esses 100 dias iniciais do governo Lula são pautados pela retomada de programas que se mostraram importantes e tiveram impacto positivo. É o caso do Mais Médicos”, afirmou. 

Sobre a retomada das campanhas de vacinação, que haviam sido boicotadas pelo governo de Jair Bolsonaro, a ministra afirmou que o governo está focado no momento na vacinação com o imunizante bivalente Covid e reforçando as estratégias de rotina com a vacinação infantil. “Alguns estados estão avançando mais, porque têm estoque, outros estados menos. A nossa previsão é que nós vamos fazer esta operação de maneira mais sistêmica no mês de maio. Uma das ações previstas é vacinação nas escolas, e onde for possível aumentar a cobertura vacinal”, afirmou. 

Fonte: Brasil 247

Folha ataca o Brasil 247 em editorial sobre a entrevista de Lula

 Jornal que apoiou o golpe de 2016 tratou o Brasil 247, que reúne alguns dos maiores jornalistas profissionais do Brasil, como "site governista"

Da esq. para a dir.: jornalistas Luís Costa Pinto, Helena Chagas, Luiz Inácio Lula da Silva, Leonardo Attuch e Tereza Cruvinel (Foto: Ricardo Stuckert)

O Brasil 247, site independente de jornalismo, que reúne alguns dos mais consagrados jornalistas profissionais do Brasil, com passagens de destaque nas maiores redações do País, foi atacado pela Folha de S. Paulo, no editorial "O pior da politicagem", que aborda a entrevista concedida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva aos jornalistas Leonardo Attuch, Helena Chagas, Tereza Cruvinel e Luís Costa Pinto, da TV 247.

No texto, o 247 é chamado pejorativamente pela Folha de "site governista", como se fosse imprensa "chapa-branca", quando é, na verdade, um veículo de comunicação independente que defende a soberania nacional, a cultura brasileira, o desenvolvimento econômico e uma democracia plena. Valores que se distanciam dos abraçados pela Folha, que apoiou o golpe militar de 1964, o golpe de estado de 2016 e apoia a "ponte para o futuro", que trouxe miséria e subdesenvolvimento ao Brasil.

No editorial, a Folha ataca o presidente Lula por ter falado em "armação" do ex-juiz suspeito Sergio Moro, hoje senador, no caso das supostas ameaças do PCC. Para azar da Folha, no dia de hoje, o Conjur, maior site jurídico do Brasil, demonstra que Lula estava certo ao falar em armação e que o caso caiu nas mãos da juíza Gabriela Hardt, parceira de Moro, de forma antinatural. Ou seja, foi uma armação.

Fonte: Brasil 247

Delegado do caso Adélio atua com juíza que substituiu Moro no caso das ameaças do PCC


Senador Sergio Moro (União Brasil-PR). Foto: Reprodução

A Justiça Federal do Paraná afirmou nesta sexta-feira (24) que o pedido para retirar sigilo da operação contra o PCC (Primeiro Comando da Capital), facção criminosa que orquestrava matar servidores públicos e autoridades, partiu do delegado da Polícia Federal (PF) responsável pelo caso.

Em nota, a Justiça afirmou que a juíza Gabriela Hardt, da 9ª Vara Federal de Curitiba, não concordou com a quebra integral, identificando que a publicidade total poderia trazer riscos às vítimas e aos investigados, e determinou que se mantivesse um sigilo parcial.

A juíza retirou sigilo de parte do processo após declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sugerindo uma suposta “armação” do senador Sergio Moro (União Brasil-PR) no caso.

Segundo a Justiça Federal, o pedido do delegado foi feito às 14h da última quinta-feira (23), mas não disponibilizou o conteúdo do requerimento.

Juíza Gabriela Hardt, da 9ª Vara Federal de Curitiba. Foto: Reprodução

O nome do delegado que fez o pedido também não foi informado, mas os pedidos de prisão preventiva, do último dia 13, foram assinados pelo delegado Martin Bottaro Purper.

Bottaro foi responsável pelos dois inquéritos que apuraram o ataque a faca de Adélio Bispo de Oliveira contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em 2018.

“A retirada do sigilo do processo foi um pedido do delegado que conduz as investigações, protocolado nos autos às 14h de ontem (23 de março). Contudo, por cautela, a juíza federal designada para atuar no caso, entendeu melhor manter o nível de sigilo 1, por segurança dos investigados e vítimas, autorizando a divulgação apenas das representações policiais e das decisões que autorizaram as prisões e as buscas, bem como o termo de audiência de custódia”, diz a íntegra da nota.

Fonte: DCM

Conjur, maior site jurídico do País, comprova armação de Moro no caso PCC

 Juristas demonstram que a justiça paranaense é incompetente; ou seja: Gabriela Hardt, parceira de Moro, não poderia decidir no caso

Gabriela Hardt, Sérgio Moro e Polícia Federal (Foto: ABR | Reprodução | Agência Senado)

Por Sérgio Rodas, do Conjur – A Justiça Federal do Paraná não é competente para conduzir a investigação sobre o suposto plano para sequestrar o senador Sergio Moro (União Brasil-PR). Como os delitos em averiguação não seriam praticados devido ao fato de ele ser parlamentar, nem em detrimento de bens, serviços ou interesse da União, o processo cabe à Justiça estadual.

E sequer cabe à Justiça paranaense, mas à paulista. Afinal, foi ela que iniciou a apuração. E os primeiros atos preparatórios para colocar o eventual projeto em prática foram praticados por integrantes do Primeiro Comando da Capital em cidades de São Paulo.

O processo que apura o suposto plano para sequestrar Moro está correndo na 9ª Vara Federal de Curitiba. A assessoria de imprensa da Justiça Federal do Paraná afirmou à revista eletrônica Consultor Jurídico que a competência é federal, e não estadual, porque a vítima é senador. O órgão citou a Súmula 147 do Superior Tribunal de Justiça. A norma estabelece que "compete à Justiça Federal processar e julgar os crimes praticados contra funcionário público federal, quando relacionados com o exercício da função".

Além disso, a assessoria de imprensa sustentou que a investigação tramita em Curitiba por ser o local onde Moro reside e onde o suposto sequestro seria colocado em prática. Os primeiros atos de execução do tal plano ocorreram em dezembro de 2022, quando ele já tinha sido eleito, mas não empossado.

Porém, o fato de Moro ser senador ou ter sido ministro da Justiça — cargo no qual tomou medidas que desagradaram ao PCC, segundo a juíza Gabriela Hardt — não atrai a competência da Justiça Federal, afirma Afrânio Silva Jardim, professor aposentado de Direito Processual Penal da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

Ele afirma que o fato de a vítima de crime contra a pessoa — como sequestro ou eventual homicídio, delitos que supostamente poderiam ser praticados contra Moro — ser funcionário público não é hipótese de atribuição do caso a juízes federais, conforme a Constituição.

O artigo 109, IV, da Carta Magna estabelece que compete à Justiça Federal processar e julgar os crimes políticos e as infrações penais praticadas em detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas, excluídas as contravenções e ressalvada a competência da Justiça Militar e da Justiça Eleitoral.

Jardim destaca que, no caso de sequestro, tentativa de sequestro ou homicídio, não houve início da execução. E levantar aspectos do cotidiano da eventual vítima não caracteriza começo da consumação do delito. De qualquer forma, seriam crimes praticados contra Sergio Moro pessoa física, não em detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas. Portanto, a competência é da Justiça estadual, não da federal, opina o professor.

Se há um delito que já estava sendo praticado, destaca ele, é o de pertencimento a organização criminosa — que é de mera conduta e não tem vítima. Portanto, o fato de Moro ser senador e ter sido ministro da Justiça novamente não torna a Justiça Federal competente para conduzir a investigação.

Nessa mesma linha, Aury Lopes Jr., professor de Direito Processual Penal da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, afirma que não é o caso de aplicação da Súmula 147 do STJ.

"A competência da Justiça Federal seria atraída se o crime fosse praticado contra servidor público no exercício das funções. Tem de ter atualidade do exercício. Ele (Moro) é senador hoje, mas os crimes não têm qualquer relação com isso. Não vejo justificativa para incidência da súmula, tampouco para competência federal. Inclusive, todas as restrições que o STF estabeleceu — na Questão de Ordem na Ação Penal 937 — precisam ser consideradas nessa discussão. Se um crime praticado pelo servidor, após a cessação da prerrogativa, não atrai a atuação do tribunal (ou seja, não tem prerrogativa alguma), isso também se aplica no sentido inverso", avalia Lopes Jr, que é colunista da ConJur.

No caso citado pelo professor, julgado em 2018, o Plenário do STF restringiu o alcance do foro por prerrogativa de função. Para os ministros, parlamentares só têm foro especial se os fatos imputados a eles ocorrerem durante o mandato, em função do cargo. No caso de delitos praticados anteriormente a isso, o parlamentar deve ser processado pela primeira instância da Justiça, como qualquer cidadão. Com o fim do mandato, também acaba o foro privilegiado, fixou a corte.

Paraná ou São Paulo?

A investigação começou na Justiça estadual de São Paulo, estado onde os atos preparatórios para o suposto plano do PCC se iniciaram. Posteriormente, a parte que envolvia Sergio Moro foi cindida e enviada para a Justiça Federal do Paraná.

Se os atos preparatórios para o suposto plano se iniciaram em São Paulo, e a maioria das prisões e buscas e apreensões foi feita nesse estado, o caso deveria correr na Justiça estadual paulista.

Afrânio Silva Jardim menciona que, se a organização criminosa — o PCC — é sediada em São Paulo e começou a planejar o suposto sequestro em cidades paulistas, a competência é da Justiça estadual.

Com relação ao lugar, a competência é definida em função do crime mais grave, cita Aury Lopes Jr.. O suposto plano do PCC envolveria não apenas ataques a Moro, mas também ao promotor do Ministério Público de São Paulo Lincoln Gakiya. Ou seja, crimes de igual gravidade. Aí vale a regra da prevenção, segundo o professor. Assim, o processo deveria permanecer onde foi iniciado — na Justiça estadual de São Paulo, onde continua tramitando a apuração envolvendo o promotor.

Fonte: Brasil 247 com Conjur

Consumo nos lares brasileiros cresce 1,44% no bimestre

 

Supermercado. Valter Campanato/Agência Brasil

O consumo nos lares brasileiros, medido pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), encerrou o primeiro bimestre em alta de 1,44%. Na comparação ante janeiro, houve recuo de 2%, atribuído ao menor número de dias em fevereiro. Na comparação com fevereiro de 2022, houve alta de 0,95%. O resultado contempla os formatos de loja atacarejo, supermercado convencional, loja de vizinhança, hipermercado, minimercado e e-commerce. Todos os indicadores são deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo a Abras, durante o primeiro bimestre do ano os recursos do reajuste do salário mínimo, a manutenção do valor de R$ 600 do programa de transferência de renda, bem como dos números de beneficiários; o pagamento do auxílio gás (fevereiro) e a menor pressão inflacionária nos preços dos alimentos contribuíram para um consumo positivo, mas moderado.

A entidade estima que o que deve sustentar o consumo nos lares no primeiro trimestre, é o reajuste do salário mínimo em 7,42% para mais de 60 milhões de pessoas; a manutenção do pagamento de R$ 600 do Bolsa Família, o auxílio gás no valor de 100% da média nacional do botijão de gás de cozinha de 13 quilos pago em fevereiro; o resgate do PIS/Pasep (de fevereiro a dezembro) e o pagamento, a partir de 20 de março, de R$ 150 por criança de até 6 anos para as famílias inscritas nos programas de transferência de renda.

Feira Livre em São Paulo – Foto: Acervo Prefeitura de SP

“Outros recursos anunciados ou em análise pelo governo federal tendem a ser direcionados para o consumo de alimentos, como a revisão e ampliação das bolsas da área da educação, o reajuste dos servidores civis do Poder Executivo e o novo reajuste do salário mínimo a partir de 1º de maio. Para 2023, deve haver, inicialmente, um crescimento de 2,5% do consumo nos lares”, disse a Abras.

De acordo com os dados da Abras, o valor da cesta de 35 produtos de largo consumo (alimentos, bebidas, carnes, produtos de limpeza, itens de higiene e beleza) registrou queda de 0,39% em fevereiro. Com essa variação, o preço na média nacional passou de R$ 754,98 em janeiro para R$ 752,04 em fevereiro. No acumulado do ano, a cesta nacional tem recuo de 0,31%.

No bimestre, os recuos são mais expressivos para cebola (31,82%) e tomate (6,30%), cortes de carne traseiro (1,14%) e dianteiro (3,33%) e frango congelado (1,71%). Entre as altas aparecem o leite longa vida (4,31%), queijos prato e muçarela (1,75%), ovos (2,55%), sabão em pó (2,55%), desinfetante (1,68%), detergente líquido para louças (1,22%), água sanitária (1,14%), sabonete (1,53%), creme dental (1,20%), papel higiênico (0,55%) e xampu (0,50%).

Fonte: Agência Brasil