sábado, 25 de fevereiro de 2023

PT prioriza sete cidades para as eleições de 2024

 “O PT vai disputar as eleições em todas as cidades do Paraná. O desafio agora é arrumar os diretórios em todos os municípios e disputar o máximo possível de prefeituras”, diz o deputado Arilson Chiorato


O deputado estadual Arilson Chiorato, com mandato na presidência do PT prorrogado até 2025, disse em entrevista à imprensa que o partido deve disputar as prefeituras das 399 cidades do Paraná em um campo de aliança que inclui o PV, PCdoB, PSB, PDT, MDB e PSDB. “O nosso desafio agora é arrumar o diretório e provisório em todos os municípios e disputar o máximo possível de prefeituras. Mas as principais cidades como Curitiba, Maringá, Londrina, Foz do Iguaçu, Cascavel, Ponta Grossa, Guarapuava e outras, nós iremos disputar as prefeituras”.

A prioridade, segundo Chiorato, é derrotar e enterrar o bolsonarismo no Paraná. “O campo político amplo hoje que dá condição ao presidente Lula do país, uma aliança plural. Esse deve ser o horizonte a ser seguido nas eleições estaduais tanto no Paraná quanto em outros estados. Por isso, estamos discutindo, eu tenho conversado com todos esses partidos no estado e onde puder ter aliança nesse campo, com certeza, teremos”, completa.

Em Curitiba, Chiorato lista seis candidatos: a deputada federal Carol Dartora, o deputado federal Tadeu Veneri, a estadual deputada Ana Júlia, os deputados Requião Filho e Renato Freitas, o vereador Angelo Vanhoni, as vereadoras Professora Josete e Giorgia Prates. “PT tem bastante quadros e pessoas que tiveram uma história no PT, com certeza estão aptos a disputar a prefeitura de Curitiba e o PT terá candidato”.

Itaipu Binacional

Arilson Chiorato reafirmou que a Itaipu Binacional vai continuar no Paraná, mas com uma nova dinâmica. “Eu tenho certeza disso, porque sabemos o compromisso e o potencial da Itaipu em fomentar o desenvolvimento do Estado. Porém, vamos tratar isso com política pública nacional via ministério e quando der, é claro, direto com os municípios”.

Perguntado se é pré-candidato ao Governo do Estado em 2026, Chiorato disse que se o PT do Paraná desejar isso, “posso ser sim um dos pré-candidatos”. “Agora, o PT tem vários quadros no Paraná. Temos cinco deputados federais, sete deputados estaduais, temos ex-prefeitos, ex-senadores, várias pessoas que podem contribuir para uma disputa no governo do Paraná. Eu, se for de entendimento do meu partido e claro, se as condições forem para ter uma candidatura própria, com o aval do presidente Lula, não tenho dúvida nenhuma que eu estou à disposição”.

Fonte: Contraponto 

 


Tendência do governo Lula é prorrogar desoneração dos combustíveis

 Intenção da Fazenda era voltar a cobrar os impostos, o que provocaria aumento de R$ 0,69 na gasolina e R$ 0,24 no etanol

(Foto: Ricardo Stuckert | ABr)

BRASÍLIA (Reuters) - O Ministério da Fazenda conta com o retorno da tributação sobre combustíveis previsto para a próxima quarta-feira, sem nova prorrogação da desoneração ou retorno gradual das cobranças, disseram à Reuters duas fontes que acompanham o tema, embora ainda receiem que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tome decisão em sentido contrário nos próximos dias.

Na tentativa de evitar uma repetição do episódio de janeiro, quando Lula determinou a prorrogação das desonerações contra a vontade do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a equipe econômica aposta na melhora do ambiente internacional como argumento para convencer o presidente a encerrar o benefício e trazer alívio às contas públicas.

De acordo com uma das fontes, a Fazenda não discute qualquer ação que não seja a reoneração integral a partir de março para gasolina, álcool, querosene de aviação e gás natural veicular, conforme previsto na medida provisória em vigor.

Segundo ela, o cenário global “sem dúvida está melhor”, o que tornaria o efeito da reoneração menos dramático. Do encerramento de dezembro até agora, o dólar à vista caiu de 5,28 reais para 5,14 reais, enquanto a cotação do petróleo brent passou de 85,91 dólares para 82,21 dólares o barril.

A segunda fonte afirma que a tributação retornará a partir de março “no que depender do Ministério da Fazenda”. Esse interlocutor ressalta que a incerteza sobre a decisão final de Lula é o que dificulta a batida de martelo pelo governo.

No entanto, a pressão política contra a reoneração no entorno do presidente é explícita. Nesta sexta, a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), afirmou que antes de falar em retomar tributos sobre combustíveis, é preciso definir uma nova política de preços para a Petrobras. Isso, segundo ela, será possível a partir de abril, quando o conselho de administração da estatal for renovado.

"Impostos não são e nunca foram os responsáveis pela explosão de preços da gasolina que assistimos desde o golpe e no governo Bolsonaro/Guedes. Não somos contra taxar combustíveis, mas fazer isso agora é penalizar o consumidor, gerar mais inflação e descumprir compromisso de campanha", disse em publicação em redes sociais.

Já o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, disse que "não há ainda uma definição" sobre o assunto ao ser perguntado por repórteres sobre o fim da desoneração. "Vamos aguardar a decisão final do governo", afirmou.

O retorno integral da tributação significaria um incremento no preço da gasolina de 79 centavos por litro em Pis/Cofins e mais 10 centavos por litro em Cide. Para o etanol, o preço do litro subiria 24 centavos com o retorno do Pis/Cofins.

Se conseguir garantir a reoneração integral, a equipe econômica contará com um reforço de aproximadamente 29 bilhões de reais nos cofres federais em 2023. A medida é parte do conjunto de ações na planilha da pasta para buscar uma redução do déficit primário deste ano para valor inferior a 100 bilhões de reais.

A volta da cobrança teria impacto sobre a inflação de curto prazo, mas a melhora do quadro fiscal tende a influenciar positivamente as expectativas do mercado para a inflação futura, o que é levado em conta pelo Banco Central nas decisões de política monetária.

Avaliação da XP indica que o impacto sobre a inflação da reoneração a partir de março será de 0,5 ponto percentual neste ano. O cálculo da instituição, elaborado pela economista Tatiana Nogueira, aponta para uma alta de 5,7% no IPCA em 2023, número que já incorpora o efeito da retomada dos tributos.

A desoneração sobre esses insumos foi adotada no ano passado pelo governo Jair Bolsonaro em meio ao processo eleitoral sob o argumento de que era necessário mitigar efeitos da alta do petróleo e conter a inflação.

Lula prorrogou a medida após tomar posse no mês passado, em meio a pressões de aliados políticos que temiam efeito negativo sobre a popularidade do novo governo. Na ocasião, ele estendeu o benefício até o fim de fevereiro para gasolina, álcool, querosene de aviação e gás natural veicular, levando a desoneração até 31 de dezembro para diesel e gás de cozinha.

A medida expôs fragilidade de Haddad, que era totalmente contra a prorrogação do benefício e chegou a anunciar publicamente um acordo para acabar com as desonerações já no início de janeiro, antes de ser derrotado nesse debate.

Para 2024, a Fazenda também espera um retorno da tributação sobre diesel e gás de cozinha, o que levaria a ampliação de receitas no ano a 55 bilhões de reais.

Segundo as fontes, no campo de medidas de médio prazo, o debate sobre a criação de um fundo para estabilização de preços de combustíveis teria esfriado. O mecanismo, que dependeria de aportes de verbas do Tesouro, serviria como um colchão para minimizar a volatilidade nos preços desses insumos.

Representantes da Petrobras e dos ministérios da Fazenda e de Minas e Energia negociaram em janeiro a criação de um grupo de trabalho para discutir a viabilidade desse mecanismo, mas, de acordo com as duas fontes, a iniciativa ainda não avançou.

O novo presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, foi relator em 2022, quando senador, de uma proposta para criar um fundo governamental com essas características. O projeto passou no Senado, mas teria que ser avaliado pela Câmara. Prates se reuniu com Lula no Planalto nesta sexta, com o tema dos combustíveis na pauta.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Bolsonaro foi o principal porta-voz do discurso de ódio no Brasil, diz Manuela d'Ávila

 Ex-deputada avalia que discurso de ódio anti-esquerda surgiu com preconceitos existentes na sociedade e, após Bolsonaro, se virou contra todos que não compactuaram com intolerância

Manuela D'Ávila e Jair Bolsonaro (Foto: Tânia Rego/ Agência Brasil | Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil)


247 - Em entrevista à TV 247, a ex-deputada federal Manuela d'Ávila (PCdoB), nomeada para presidir o Grupo de Trabalho (GT) que vai discutir estratégias de combate ao discurso de ódio no País, descreveu a evolução do discurso de ódio no Brasil e afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) serviu como o principal porta-voz para consolidar este processo na sociedade.

A jornalista afirmou que os responsáveis pelo surgimento do discurso de ódio da forma como é feito hoje no Brasil, há mais de dez anos, "sempre souberam dos efeitos concretos" de tal prática e que se aproveitavam de preconceitos existentes na sociedade: "eles sempre souberam pelo simples fato de que, além do algoritmo e do modelo de negócio, existem centrais de produção e distribuição de desinformação e conteúdos de ódio. O mecanismo é comum: é sempre a notícia falsa com o conteúdo que desperta as paixões preconceituosas de determinados segmentos da sociedade".

"Não é à toa que o primeiro alvo foi o Jean Wyllys, um homem gay. A deputada Maria do Rosário, uma mulher corajosa. Não é por nada que Marielle foi executada e a sua vida várias vezes tirada - ela virou esposa de traficante no mundo da desinformação; isso ocorreu porque ela é uma mulher lésbica, negra, poderosa", acrescentou.

A presidente do GT também apontou que o longo processo de consolidação do discurso de ódio no Brasil foi intensificado com a chegada de Bolsonaro ao poder: "o que vivemos hoje é o ápice de um processo que começou e foi estimulado pelo governo. E aí é uma outra situação, porque além dos interesses das centrais construídas de distribuição e desinformação, nós tínhamos um governo proporcionando isso permanentemente e com seu principal porta-voz o presidente da República".

A jornalista avaliou que, a partir da institucionalização do discurso de ódio, os alvos passaram a não mais ser apenas os grupos sociais afetados por algum preconceito enraizado na sociedade, mas qualquer opositor político que não compactuasse com a narrativa extremista que crescia no país.

Por este motivo, o GT criado no dia 22 conta com nomes como os da antropóloga Débora Diniz, a jornalista Patrícia Campos Mello, a influenciadora Lola Aronovich, o professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) João Cezar de Castro Rocha, o professor de Sociologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Michel Gherman, o youtuber Felipe Neto, entre outros.

Fonte: Brasil 247

Lewandowski deve formalizar em março aposentadoria do Supremo

 O ministro do STF deverá concluir processos de sua relatoria, participando das votações em plenário

Ministro Ricardo Lewandowski (Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF)

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski deve formalizar a comunicação sobre a sua saída até o dia 10 de março. No período de 60 dias restantes, o juiz deverá concluir processos de sua relatoria, participando das votações em plenário. A aposentadoria dele está prevista para maio. 

Entre as matérias que estão sob a sua responsabilidade, está o pedido feito pelo PCdoB questionando a quarentena de 36 meses para políticos ocuparem cargos em empresas estatais. 

O ministro do STF fará 75 anos no dia 11 de maio, disseram pessoas próximas. 

Fonte: Brasil 247

Flávio Dino: EUA querem mais informações para decidir extraditar Allan dos Santos

 "Houve pedido de extradição e está sob análise das autoridades dos Estados Unidos", disse o ministro da Justiça e Segurança Pública

Influenciador digital Allan dos Santos (à esq.) e Flávio Dino, ministro da Justiça e Segurança Pública (Foto: Alessandra Dias/Agência Senado | Renato Alves/ Agência Brasília)

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse que foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) nova requisição de informações adicionais feita pelo governo dos Estados Unidos no processo de extradição do blogueiro bolsonarista foragido Allan dos Santos, investigado no inquérito das milícias digitais. O pedido de extradição é tratado entre autoridades do judiciário dos dois países.

"Houve pedido de extradição e está sob análise das autoridades dos Estados Unidos. Houve uma resposta técnica recente, semana passada, em que eles pediram mais informações e nós estamos nesse momento junto com o Supremo, vendo esses elementos para responder ao governo dos EUA", afirmou Dino em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo.

Em outubro de 2021, o ministro do STF Alexandre de Moraes decretou a prisão de Allan dos Santos. Pessoas que trabalham no Ministério da Justiça estaria fazendo articulações para a inclusão do blogueiro na lista da difusão vermelha da Interpol (polícia internacional).

Fonte: Brasil 247 e jornal O Estado de S. Paulo

Sigilo de 100 anos é quebrado e revela que Exército tinha conhecimento da presença de Pazuello em ato político

 O documento comprova que o ex-comandante do Exército, Paulo Sérgio Nogueira, teria sido comunicado previamente

Eduardo Pazuello (com microfone na mão) e Jair Bolsonaro (agasalho preto) (Foto: Fernando Frazão/ABr)


O Exército sabia que o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello (PL), atualmente deputado federal, participaria de um ato político ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), conforme documento que estava sob sigilo de 100 anos e foi liberado nesta sexta-feira, 24, pela força armada.

O documento comprova que o ex-comandante do Exército, Paulo Sérgio Nogueira, teria sido comunicado previamente.

Pazuello explica no processo que informou “por telefone no sábado que iria ao passeio no domingo, a convite do presidente [Jair Bolsonaro]”. Ainda diz que aceitou participar pelos “laços de respeito e camaradagem” que tem com o ex-presidente. 

Pazuello já havia deixado o Ministério da Saúde mas era general da ativa do Exército. Por isso, foi aberto um processo disciplinar.

Militares da ativa não podem se manifestar politicamente.

“Da análise acurada dos fatos, bem como das alegações do referido oficial-general, deprende-se, de forma peremptória, não haver viés político-partidário nas palavras proferidas, repia-se, de improviso, pelo arrolado, naquele momento”, afirmou o ex-comandante do Exército Paulo Sérgio, na manifestação que arquivou o processo.

Fonte: Brasil 247