O Ministério Público do Paraná, (MPPR) por
meio do Núcleo de Ponta Grossa do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime
Organizado (Gaeco), cumpriu nesse domingo (5) três mandados de busca e
apreensão no âmbito de investigação sobre possível esquema de fraudes em
concursos vestibulares de universidades estaduais do Paraná.
As
investigações sobre o caso tiveram início em dezembro de 2022, a partir de
representação formulada pela reitoria da Universidade Estadual de Ponta Grossa,
que verificou uma possível tentativa de fraude no vestibular da instituição por
meio da utilização de aparelho de telefone celular para transmissão das
questões – na oportunidade, o candidato foi desclassificado. No curso das
apurações, ficou demonstrado que o suspeito é professor de um cursinho
preparatório para vestibular em Irati e que já havia tentado a mesma fraude
outras vezes. Verificou-se ainda que ele estava inscrito para o vestibular do
curso de Medicina de 2023 da Universidade Estadual do Oeste do Paraná
(Unioeste) – cujas provas foram aplicadas nesse domingo (5) –, o que indicou a
possível existência de uma organização criminosa.
Expedidas
pela Vara Criminal de Irati, as ordens judiciais foram cumpridas em endereços
residenciais de Irati e Ponta Grossa, além de um mandado de busca pessoal em
Curitiba, logo após o suspeito deixar o local onde realizava o vestibular.
Apreensões –
Foram apreendidos documentos, telefones celulares e computadores. Com o
investigado, foram localizados um telefone celular, um ponto eletrônico e um
microfone oculto em uma tampa de caneta, equipamentos que seriam utilizados
para transmitir e receber informações durante a realização do vestibular.
Com base nos elementos identificados, o Ministério Público dará prosseguimento
à investigação, identificando eventuais outros integrantes do grupo e possíveis
candidatos que se beneficiaram com o esquema fraudulento. As instituições de
ensino lesadas com a conduta da organização serão comunicadas para que possam
tomar as providências que entenderem cabíveis. (Do MPPR; foto: Divulgação/Gaeco).