domingo, 22 de janeiro de 2023
“Lula repõe o Brasil no mapa depois dos anos Bolsonaro”, diz jornal francês
Troca de comando do Exército: Joaquim Barbosa reage a críticas de Mourão a Lula
Ex-ministro, a quem se atribui início da criminalização da política, diz que demissão de general foi resultado da "insubordinação inspirada e tolerada por vocês, militares"
247 - O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, relator do processo do Mensalão, reagiu a uma entrevista de teor golpista concedida pelo senador Hamilton Mourão, ex-vice-presidente da República, ao jornal O Estado de S. Paulo. "Mourão diz que Lula quer alimentar crise com Exército ao demitir comandante" é o título da reportagem.
Barbosa, a quem se atribui o início do movimento de criminalização da política, afirmou, no Twitter:
"Ora, ora, senhor Hamilton Mourão. Poupe-nos da sua hipocrisia, do seu reacionarismo, da sua cegueira deliberada e do seu facciosismo político! Fatos são fatos! Mais respeito a todos os brasileiros!
'Péssimo para o país' seria a continuação da baderna, da 'chienlit' e da insubordinação claramente inspirada e tolerada por vocês, militares. Senhor Mourão, assuma o mandato e aproveite a oportunidade para aprender pela primeira vez na vida alguns rudimentos de democracia! Não subestime a inteligência dos brasileiros!", disse.
Joaquim Barbosa foi ministro do Supremo Tribunal Federal de 2003 até 2014, tendo sido presidente do tribunal de 2012 a 2014, quando ocorreram as chamadas Jornadas de Junho e estava se iniciando a operação Lava Jato (março de 2014).
Barbosa foi filiado ao Partido Socialista Brasileiro (PSB) entre 2018 e 2022. Atualmente, é advogado.
Em 2013, auge do Mensalão, foi eleito pela Revista Time como uma das cem pessoas mais influentes do mundo e incluído pela BBC Brasil em uma lista de 10 brasileiros que foram notícia no mundo naquele ano.
Mulher que acusa Daniel Alves de agressão sexual diz não querer ser indenizada
A denunciante, uma espanhola de 23 anos, disse que faz parte de uma família resolvida financeiramente e quer justiça, sem ganho financeiro
247 - A mulher que acusa o jogador Daniel Alves, 39 anos, de agressão sexual recusou receber indenização do jogador se ele for condenado.
De acordo com informações publicadas neste domingo (22) pelo Globo Esporte, a denunciante, uma espanhola de 23 anos, disse que faz parte de uma família resolvida financeiramente e quer justiça, sem ganho financeiro.
No primeiro depoimento, na manhã da última sexta-feira (20), disse que não conhecia a vítima, não sabia seu nome e nada havia acontecido. Na segunda versão, no mesmo dia à tarde, o jogador admitiu que manteve relações sexuais com ela, mas de forma consentida.
Em todos os depoimentos, o jogador negou ter cometido atos violentos ou estupro.
Lula e Alberto Fernández defendem 'reindustrialização e integração de cadeias produtivas para evitar choques externos'
"Não podemos depender de fornecedores externos para termos acesso a insumos e bens essenciais", disseram os presidentes, que assinaram juntos um texto. Leia a íntegra
De acordo com o artigo, a "integração entre as nossas cadeias produtivas contribui para mitigar choques externos, como os que ocorreram durante a pandemia". "Não podemos depender de fornecedores externos para termos acesso a insumos e bens essenciais para o bem-estar das nossas populações".
Leia a íntegra do texto:
Dois povos irmãos voltam a se encontrar. Amanhã nos reuniremos em Buenos Aires para o primeiro encontro presidencial entre o Brasil e a Argentina em mais de três anos.
Logo depois será realizada a VII Cúpula da CELAC, foro que reúne os 33 países da América-Latina e do Caribe e que, desde o ano passado, está sob a presidência da Argentina. O evento representará a volta do Brasil a esse mecanismo de diálogo e concertação regional. Essa relação nunca deveria ter sido interrompida e a história de irmandade latino-americana faz com que seja retomada.
Ambos os encontros marcam um momento de recomeço, justamente no ano em que celebraremos o bicentenário das nossas relações diplomáticas.
Em Buenos Aires, vamos relançar a aliança estratégica bilateral, com a reativação de diversos espaços de cooperação e diálogo. São múltiplas as áreas em que voltaremos a atuar juntos em temas importantes para a qualidade de vida das nossas populações, como o combate à fome e à pobreza, saúde, educação, desenvolvimento sustentável, mudança climática e redução de todas as formas de desigualdade. De uma vez por todas, a história será escrita pelos nossos povos.
Vamos fortalecer o papel da sociedade civil, dos governos estaduais e municipais e dos Parlamentos como atores dessa reaproximação. Sabemos que o sonho de estarmos unidos agora é uma realidade possível.
Os laços entre a Argentina e o Brasil têm como fundamento a consolidação da paz e da democracia. Queremos democracia para sempre. Ditadura nunca mais. Condenamos todas as formas de extremismo antidemocrático e de violência política.
A reindustrialização das nossas economias, com geração de emprego de qualidade e investimentos em inovação, merecerá atenção especial. O comércio entre a Argentina e o Brasil já tem alta participação de produtos industrializados em setores estratégicos. A integração entre as nossas cadeias produtivas contribui para mitigar choques externos, como os que ocorreram durante a pandemia. Não podemos depender de fornecedores externos para termos acesso a insumos e bens essenciais para o bem-estar das nossas populações.
Contamos com um setor privado dinâmico e empreendedor, cuja contribuição ao processo de integração bilateral é cada vez mais necessária.
Compartilhamos o firme propósito de fortalecer os já sólidos laços de comércio e investimentos entre os nossos países e promoveremos um seminário empresarial no contexto da visita presidencial.
Os nossos países continuarão desempenhando um papel fundamental para a segurança alimentar em um mundo afetado por riscos geopolíticos e graves interrupções nas cadeias de abastecimento.
Estamos comprometidos em dotar a nossa agropecuária de elevados padrões de sustentabilidade e a manter seus altos níveis de produtividade.
Desejamos impulsionar projetos no campo da infraestrutura. Um tema central deste novo momento é a integração energética. A interconexão elétrica entre os nossos países já é uma realidade e a integração gasífera tem potencial para se tornar um dos projetos estratégicos da relação bilateral, com ganhos duradouros em atração de investimentos, geração de empregos e para a nossa segurança energética.
Consolidaremos a nossa posição de detentores de tecnologia nuclear para fins pacíficos, fortalecendo a Agência Brasileiro-Argentina de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares e dando continuidade a projetos ambiciosos como o do reator multipropósito.
Com a reativação do Grupo de Trabalho Conjunto sobre Cooperação Espacial, vamos colocar em órbita satélites para a realização de estudos costeiros e oceanográficos.
A relação fluente e dinâmica entre o Brasil e a Argentina é fundamental para o avanço da integração regional. Juntamente com os nossos sócios, queremos que o Mercosul constitua uma plataforma para a nossa efetiva integração ao mundo, por meio da negociação conjunta de acordos comerciais equilibrados e que atendam aos nossos objetivos estratégicos de desenvolvimento.
Pretendemos superar barreiras às nossas trocas, simplificar e modernizar regras e incentivar o uso de moedas locais. Também decidimos avançar nas discussões sobre uma moeda comum sul-americana que possa ser utilizada tanto para fluxos financeiros quanto comerciais, reduzindo os custos de operação e diminuindo a nossa vulnerabilidade externa.
Trabalharemos juntos pelo resgate e pela atualização da Unasul, com base no seu inegável patrimônio de realizações.
A Argentina e o Brasil estão decididamente engajados na construção de uma América do Sul forte, democrática, estável e pacífica.
Precisamos lidar com um mundo cada vez mais complexo e desafiador, e temos ampla convergência sobre a agenda multilateral. Falta vontade política efetiva para enfrentar os dilemas atuais e as grandes crises: mudança climática, pandemias, guerras, fome e imigração. A ONU e o G20 devem contribuir para preencher essa lacuna de liderança em prol da mudança. Ambos podem impulsionar pautas inclusivas, emitindo sinais claros para a atuação de organizações como a OMC, o FMI e o Banco Mundial. Vamos atuar de forma colaborativa em benefício da paz e do desenvolvimento.
O mundo mais justo e mais solidário que almejamos somente será viável se tivermos a coragem de ousar moldar o nosso futuro em comum. Esse é o sentido estratégico da integração bilateral. Não existe nada mais emancipador do que a irmandade dos povos que vêm dos primórdios da nossa história para tomar posse do seu futuro.
Lula atuou com firmeza diante de 'insubordinação inadmissível' de ex-comandante do Exército, diz Gleisi
"O presidente Lula atuou mais uma vez com firmeza para garantir a CF e as prerrogativas de comandante das Forças Armadas", afirmou a presidente nacional do PT
247 - A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann, elogiou a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que exonerou o general Julio Cesar Arruda do cargo de comandante do Exército, nomeando o general Tomás Miguel Ribeiro Paiva.
Gleisi disse que o general Julio Cesar agiu com "insubordinação inadmissível", em relação ao general ter se recusado determinação de Lula para exonerar o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, de um posto de comando sensível em Goiânia.
"O presidente Lula atuou mais uma vez com firmeza para garantir a CF e as prerrogativas de comandante das Forças Armadas. O comportamento do ex-comandante do Exército caracterizou insubordinação inadmissível perante ameaças à democracia e de partidarização da Força", afirmou Gleisi Hoffmann.
"A democracia rejeita qualquer tutela sobre os poderes civis que emanam do voto popular. Crise haveria se o presidente Lula não tivesse atuado em defesa da Constituição", acrescentou.
Leia também matéria da agência Reuters sobre oassunto:
(Reuters) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva exonerou neste sábado o atual comandante do Exército, o general Júlio César de Arruda, e indicou para o cargo o general Tomás Miguel Ribeiro Paiva, que hoje é comandante militar do Sudeste.
O anúncio oficial da troca foi feito à noite no Palácio do Planalto pelo ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, que falou em "fratura no nível de confiança" na relação com o comando do Exército após os episódios dos acampamentos e do dia 8 de janeiro.
"Nós achávamos que nós precisávamos estancar isso logo de início, até para que nós pudéssemos superar esse episódio", disse Múcio aos jornalistas, tendo ao lado o general Paiva, que não deu declarações.
"Por isso conversamos hoje com o general que estava no comando, logo cedo, o general Arruda, a quem eu faço as minhas melhores referências, e queria apresentar aqui aos senhores o seu substituto, o general Tomás, que a partir de hoje é o novo comandante das Forças Armadas, do Exército brasileiro", acrescentou o ministro.
Múcio falou após reunião com Lula, que chegou a Brasília vindo de Boa Vista no final da tarde, após a notícia da exoneração de Arruda já ter vindo à tona com informações não oficiais, e foi ao Planalto.
A troca de comando no Exército, noticiada mais cedo pela Reuters com base em informações de fontes, ocorre em meio a uma crise militar no governo após os ataques de bolsonaristas radicais aos Três Poderes em 8 de janeiro. Dias depois dos ataques, que teve a participação de manifestantes pró-golpe militar que faziam acampamentos em frente ao QG do Exército em Brasília, Lula demonstrou ter desconfiança na cúpula militar e acusou "gente das Forças Armadas" de ter sido conivente com a depredação em Brasília.
Na sexta-feira, o presidente se reuniu com Arruda e os comandantes da Marinha, Marcos Sampaio Olsen, e da Força Aérea, Marcelo Kanitz Damasceno, em Brasília.
Após o encontro, Múcio disse a jornalistas que as ações de 8 de janeiro não foram o tema principal da reunião, mas frisou que haveria punição se comprovada a participação de militares nos atos violentos. "Entendo que não houve envolvimento direto das Forças Armadas, mas se algum elemento teve envolvimento pessoal, vai ser apurado", afirmou.
Arruda foi indicado pelo ministro Múcio ainda antes da posse de Lula, no início de dezembro, respeitando critério de antiguidade no Exército --ele é o mais antigo general quatro estrelas da ativa. Em entrevista à imprensa na ocasião, Lula disse que as Forças Armadas têm uma missão nobre e destacou ter tido uma relação "extraordinária" com os militares na primeira vez que governou o país.
Arruda assumiu o cargo de forma interina ainda no governo Jair Bolsonaro, a dois dias da posse de Lula.
Uma das fontes afirmou à Reuters que pode ter pesado para a demissão de Arruda uma possível resistência do general à reversão da nomeação do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, para o Comando de Operações Especiais, com sede em Goiânia.
Na sexta-feira, quando veio à tona no portal Metrópoles a informação sobre a nomeação, o tema causara tensão entre o ministro da Defesa e o comandante, disse a fonte.
Múcio não fez referência ao caso do ajudante de ordens na breve fala à imprensa.
"Evidentemente, depois desses últimos episódios, a questão dos acampamentos, a questão do dia 8 de janeiro, as relações, principalmente do comando do Exército, sofreram uma fratura no nível de confiança", disse o ministro.
O general Paiva, que agora substituirá Arruda no comando do Exército, fez na sexta-feira um discurso contundente em defesa do respeito ao resultado das eleições.
Falando em cerimônia que homenageou militares mortos no Haiti, Paiva disse que o Brasil vive atualmente um "terremoto político", tendo como pano de fundo a desinformação, e afirmou que é papel das Forças Armadas defender a democracia.
"Quando a gente vota, tem que respeitar o resultado da urna", discursou Paiva. "Esse é o papel de quem é instituição de Estado."
Lula demite comandante do Exército e nomeia general que defendeu resultado das urnas
O substituto será o atual comandante militar do Sudeste, general Tomás Miguel Ribeiro Paiva, que defendeu o resultado das urnas como princípio de hierarquia e disciplina
247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva demitiu neste sábado o general Júlio César de Arruda do cargo de comandante do Exército.
O substituto será o atual comandante militar do Sudeste, general Tomás Miguel Ribeiro Paiva.
Júlio César de Arruda assumiu interinamente o comando do Exército em 30 de dezembro do ano passado, ainda no governo Jair Bolsonaro.
Foi um acerto com a equipe de transição de Lula para que a troca do comando ocorres antes da posse do novo governo.
O general Tomás Miguel Ribeiro Paiva fez na última quarta-feira um discurso enfático em defesa do resultado da urnas, que levou Lula à Presidência da República.
Tomás Paiva foi chefe de gabinete do general Eduardo Villas Bôas, que comandou o Exército durante o governo de Dilma Rousseff e no governo Temer, e publicou os tuítes em abril de 2018, para pressionar o Supremo Tribunal Militar, no julgamento do habeas corpus que evitaria a prisão de Lula.
PF mira Bolsonaro, Torres, financiadores e vândalos em quatro frentes de investigação contra atos golpistas
As investigações pretendem detalhar como se deram os preparativos e as invasões
247 - Policiais federais trabalham em quatro linhas de investigação com o objetivo de apurar todos os fatos e pessoas relacionados aos ataques golpistas no último dia 8 de janeiro, quando bolsonaristas invadiram o Congresso, o Planalto e o Supremo Tribunal Federal. As investigações pretendem detalhar como se deram os preparativos e as invasões.
De acordo com a Folha de S.Paulo, estão na mira dessas investigações Jair Bolsonaro, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres e outras autoridades.
A primeira linha de apuração foca os possíveis autores intelectuais dos ataques golpistas. A segunda vai investir no detalhamento das supostas omissões de agentes públicos.
A terceira tem como objetivo mapear os financiadores dos atos golpistas e os responsáveis pela logística do acampamento. O quarto foco da investigação PF são os vândalos.
APUCARANA: Entorno da rodoviária e Avenida Itararé ganham luminárias de LED
Segundo o engenheiro eletricista Lafayete Luz, responsável por toda a iluminação pública da cidade, a luminosidade no entorno da rodoviária será muito mais eficiente. “Isso valoriza a região e garante melhor segurança para comerciantes e população em geral”, assinala ele.
O prefeito Junior da Femac diz que os trabalhos também acontecem no fim de semana. “No final de 2022 tivemos um atraso na execução dos serviços em alguns bairros e distrito, devido à falta do material, que é importado”, explicou o prefeito, garantindo que agora os trabalhos estão sendo retomados em ritmo acelerado.
Neste sábado, segundo Junior da Femac, também estão sendo instaladas 56 luminárias de padrão LED, na Avenida Itararé, no Jardim Ponta Grossa. Ele lembra que os trabalhos foram concluídos no Núcleo João Paulo I, a Avenida Rio das Cinzas – que era a última a ser atendida -, os trabalhos estão concluídos com mais 56 luminárias de LED instaladas. “No Pirapó, os serviços devem estar prontos na terça-feira. Estamos retirando as luminárias de vapor de sódio de 70W e, ao mesmo tempo, instalando quatrocentas novas de LED, com potência de 120W”, informa.