Desde que perdeu as eleições, Jair Bolsonaro vem tentando promover um golpe de estado contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva
Jair Bolsonaro e terroristas bolsonaristas em Brasília - 08.01.2023 (Foto: Reuters | Marcelo Camargo/ABr)
247 - Jair Bolsonaro, que estimulou o golpismo e atos violentos desde que foi derrotado nas eleições presidenciais de 2022, se manifestou sobre os atos de terrorismo realizado e financiado por seus apoiadores, que invadiram e vandalizaram os prédios do Palácio do Planalto, do Supremo Tribunal Federal e do Congresso Nacional.
"Manifestações pacíficas, na forma da lei, fazem parte da democracia. Contudo, depredações e invasões de prédios públicos como ocorridos no dia de hoje, assim
como os praticados pela esquerda em 2013 e 2017, fogem à regra", disse Bolsonaro sobre os ataques terroristas de seus apoiadores.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou neste domingo intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal até 31 de janeiro. Em pronunciamento de Araraquara, onde esteve para avaliar danos causados pela chuva na cidade, Lula culpou Bolsonaro por ter estimulado os atos de vandalismo. "Esse genocida não só provocou isso, não só estimulou isso, como, quem sabe, está estimulando ainda pelas redes sociais, lá de Miami onde ele foi descansar. Na verdade, ele fugiu para não me colocar a faixa", disse Lula.
"Todo mundo sabe que tem vários discursos do ex-presidente da República estimulando isso", emendou, ao destacar que a ação dos extremistas também é responsabilidade dos partidos
que sustentam Bolsonaro e prometendo que todos os envolvidos serão punidos.
Lula afirmou que os envolvidos serão identificados e punidos de forma exemplar. "Eles invadiram, quebraram muitas coisas e, lamentavelmente, quem tem que fazer a segurança do Distrito Federal é a Polícia Militar do DF, que não fez. Houve, eu diria, incompetência, má vontade ou má fé das pessoas que cuidam da segurança pública do Distrito Federal, não é a primeira vez", disse.
"Eu espero que a partir desse decreto a gente possa não só cuidar da segurança do Distrito Federal, mas garantir de uma vez por todas que isso não se repetirá no Brasil. É preciso que
essa gente seja punida de forma exemplar, que essas pessoas sejam punidas de forma que ninguém nunca mais ouse, com a bandeira nacional nas costas, com a camiseta da seleção brasileira, para se fingirem de nacionalistas, se fingirem de brasileiros, façam o que eles fizeram hoje", reforçou.
Lula indicou o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Garcia Capelli, como o interventor federal da segurança pública do Distrito Federal, subordinado diretamente a ele e com amplos poderes sobre essa área da capital do país.