domingo, 1 de janeiro de 2023

VÍDEO: Bolsonaristas se revoltam com discurso de Mourão e tentam invadir casas de generais

 

Apoiador de Jair Bolsonaro (PL) revoltado com discurso de Mourão – Reprodução/YouTube

DCM - Um grupo de bolsonaristas que estava no Quartel-General do Exército de Brasília no sábado (31) se revoltou após o discurso do general Mourão. Em pronunciamento transmitido em cadeia de rádio e TV, o então presidente em exercício fez críticas a lideranças que, por meio do silêncio e do “protagonismo inoportuno e deletério”, contribuíram para um clima de caos.

Mourão foi vaiado após pronunciamento. Parte do grupo resolveu deixar o local. “Acabou”, disseram alguns golpistas que ainda esperavam por um golpe militar que impedisse a posse do presidente Lula.

Outros eleitores de Jair Bolsonaro (PL) interpretaram as declarações de Mourão como uma crítica velada ao ex-presidente. Segundo eles, o discurso ainda simbolizou uma desistência, já que o general chegou a chamar a alternância de poder de “saudável”.

Em reação ao pronunciamento, os bolsonaristas deixaram o ponto de concentração no QG e foram em bando para casas de generais que estão localizadas naquela área militar. Em vídeos que circulam nas redes sociais, é possível ver manifestantes se dividiram entre quem apoiava e quem hostilizava membros das Forças Armadas no local. De acordo com o Metrópoles, a tropa de choque do Exército foi acionada.

Confira o discurso do general Mourão e a revolta dos bolsonaristas:

VÍDEO – Mourão frustra golpistas e reclama de Bolsonaro em discurso: ‘Deixaram que as Forças Armadas pagassem a conta’

Senador eleito Hamilton Mourão (Republicanos). Foto: Reprodução

 Em pronunciamento de fim de ano transmitido em cadeia nacional de rádio e televisão na noite deste sábado (31), o vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) aproveitou para alfinetar o presidente Jair Bolsonaro (PL) ao dizer que ‘deixaram que as Forças Armadas pagassem a conta’.

O senador eleito criticou ‘lideranças que com o silêncio’ deixaram crescer um clima de desagregação no país e levaram para as Forças Armadas a conta da “inação” ou de um “pretenso golpe”.

“Lideranças que deveriam tranquilizar e unir a nação em torno de um projeto de país deixaram que o silêncio ou o protagonismo inoportuno e deletério criasse um clima de caos e de desagregação social. E de forma irresponsável deixasse que as Forças Armadas de todos os brasileiros pagassem a conta. Para alguns, por inação, e para outros por fomentar um pretenso golpe “, afirmou Mourão.

O republicano não citou nomes em sua fala de pouco mais de 8 minutos.

Mourão assumiu a Presidência interinamente na tarde de sexta-feira (30), após Bolsonaro viajar para a Flórida, nos Estados Unidos, para um período sabático.

O general já afirmou que não entregará a faixa presidencial para o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante sua posse no domingo (1).

Assista ao vídeo:

Dia histórico: Lula toma posse hoje na Presidência da República

 A partir de hoje, os brasileiros renovam a esperança e a confiança de construir um Brasil democrático e soberano, com progresso social

Janja Lula Silva, Luiz Inácio Lula da Silva, Geraldo Alckmin, Lu Alckmin e Dilma Rousseff (Foto: Ricardo Stuckert)

247 - Luiz Inácio Lula da Silva toma posse neste domingo, 1º de Janeiro, na Presidência da República. É um momento histórico, a partir do qual abre-se novo ciclo político no país, encerrando a tragédia que o Brasil viveu desde o golpe de Estado de 2016 e, posteriormente a eleição, em condições anormais, de Jair Bolsonaro, o pior governo que já se instalou no Brasil.

A partir de hoje, os brasileiros renovam a esperança e a confiança de construir um Brasil democrático e soberano, com progresso social.

Maior líder popular do país, Lula já demonstrou que tem capacidade para liderar o povo brasileiro na nova caminhada. 

Lula acena com a esperança de dias melhores para o povo brasileiro. “Vamos fazer este país voltar ao normal. Vamos tentar reconstruir tudo o que fizemos. Estava funcionando e estava crescendo. A América do Sul cada vez mais forte”, disse Lula em uma das últimos pronunciamentos durante a campanha eleitoral vitoriosa em 30 de outubro.  

No discurso de diplomação no Tribunal Superior Eleitoral, Lula agradeceu ao povo brasileiro "pela honra de presidir pela terceira vez o Brasil".

Na ocasião, o presidente eleito reafirmou que fará "todos os esforços para, juntamente com meu vice Geraldo Alckmin, cumprir o compromisso que assumi não apenas durante a campanha, mas ao longo de toda uma vida: fazer do Brasil um país mais desenvolvido e mais justo, com a garantia de dignidade e qualidade de vida para todos os brasileiros, sobretudo os mais necessitados".

"Quero dizer que muito mais que a cerimônia de diplomação de um presidente eleito, esta é a celebração da democracia", assinalando que poucas vezes na história recente deste país a democracia esteve tão ameaçada.

Lula ressaltou que o amor venceu o ódio e assumiu solenemente o compromisso de defender a Constituição, que por muitas vezes foi vilipendiada durante o governo Bolsonaro. 

O presidente eleito valorizou o papel da frente ampla. "O resultado destas eleições não foi apenas a vitória de um candidato ou de um partido. Tive o privilégio de ser apoiado por uma frente de 12 partidos no primeiro turno, aos quais se somaram mais dois na segunda etapa. Uma verdadeira frente ampla contra o autoritarismo, que hoje, na transição de governo, se amplia para outras legendas, e fortalece o protagonismo de trabalhadores, empresários, artistas, intelectuais, cientistas e lideranças dos mais diversos e combativos movimentos populares deste país".

Mais de 300 mil pessoas encontram-se em Brasília para a redenção da democracia, da justiça social e da soberania nacional. A posse de Lula é marcada também pelo reencontro do Brasil com a comunidade internacional, com a presença de 60 delegações estrangeiras, entre estas duas dezenas de chefes de Estados e Governos, além do corpo diplomático acreditado em Brasília. 

A cerimônia de posse contará também com a presença de delegações dos movimentos sociais.

Maioria dos brasileiros acredita que governo Lula será melhor que o de Bolsonaro

 Para 51%, Lula fará governo melhor que o de Bolsonaro

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Reprodução/Youtube)


247 - A maioria dos brasileiros considera que Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que inicia neste domingo (1º) seu terceiro mandato como presidente da República, fará um governo melhor que o de seu antecessor, Jair Bolsonaro (PL).

O instituto ouviu 2.026 pessoas com mais de 16 anos, em 126 municípios do país, nos dias 19 e 20 de dezembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou menos.

Lula tem uma expectativa de bom governo de 59% entre os que ganham até 2 salários mínimos, os mais pobres, que o apoiaram.