Em audiência de custódia realizada nesta terça, justiça mantém prisão do líder da maior milícia do Rio de Janeiro; expectativa é de uma possível delação premiada de Zinho
A Justiça do Rio de Janeiro determinou a manutenção da prisão de Luis Antonio da Silva Braga, 44 anos, conhecido como Zinho, em uma audiência de custódia realizada nesta terça-feira (26) por videoconferência. Zinho é apontado como líder da maior milícia do Rio de Janeiro, e o juiz Diego Santos, que presidiu o ato, justificou a decisão classificando-o como "criminoso de elevadíssima periculosidade", destaca o jornal Folha de S. Paulo.
A audiência contou com a presença da promotora Mariáh Paixão e da advogada de Zinho, Leonella Vieira. Durante o procedimento, o líder da milícia, algemado, afirmou não ter sido agredido durante sua prisão, se autodefiniu como empresário, com nível fundamental incompleto e dois filhos menores sob sua dependência.
O juiz Diego Santos afirmou que a prisão era legal e que os 12 mandados de prisão estavam dentro do prazo de validade, mantendo assim a detenção de Zinho. Ele permanecerá na Penitenciária Laércio Costa da Silva Pelegrino, Bangu 1, uma unidade de segurança máxima do estado, onde há 48 celas individuais e rigoroso isolamento entre os detentos.
Espera-se que Zinho, após sua prisão no último domingo (24), possa fornecer informações valiosas por meio de uma possível delação premiada, entregando nomes de empresários, políticos e policiais supostamente envolvidos com a milícia.
O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro já afastou a deputada estadual Lúcia Helena Pinto de Barros (PSD), conhecida como Lucinha, sob acusação de ser o braço político de Zinho e influenciar mudanças nos comandos de batalhões que combatem a milícia. Há suspeitas de sua intervenção para liberar um miliciano detido. A defesa de Lucinha não se manifestou oficialmente.
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