Wajngarten, Zambelli e Jair Renan Bolsonaro também participaram da agenda. Cariani é suspeito de integrar um esquema de desvio de produtos químicos para produção de drogas
Em 2022, como presidente da República, Jair Bolsonaro (PL) visitou a academia de Renato Cariani, “influencer fitness” que foi alvo nesta terça-feira (12) de uma operação da Polícia Federal que visava desarticular uma organização criminosa voltada ao desvio de substâncias químicas utilizadas na produção de drogas. A empresa Anidrol, localizada em Diadema, na Grande São Paulo, que tem Cariani como sócio, foi o principal alvo da ação.
Nas imagens que circulam nas redes sociais do dia da visita de Bolsonaro ao local - de onde foi gravado um podcast com a participação do também influencer Paulo Muzy, do mesmo segmento - aparecem também o ex-assessor de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, o ex-ministro Fabio Wajngarten e a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), além de Jair Renan Bolsonaro.
Segundo informações da Polícia Federal, "as investigações revelaram que o esquema abrangia a emissão fraudulenta de notas fiscais por empresas licenciadas a vender produtos químicos em São Paulo, usando 'laranjas' para depósitos em espécie, como se fossem funcionários de grandes multinacionais, vítimas que figuraram como compradoras. Foram identificadas 60 transações dissimuladas vinculadas à atuação desta Organização Criminosa, totalizando, aproximadamente, 12 toneladas de produtos químicos (fenacetina, acetona, éter etílico, ácido clorídrico, manitol e acetato de etila), o que corresponde à mais de 19 toneladas de cocaína e crack prontas para consumo. As investigações revelaram, ainda, que os envolvidos empregavam diversas metodologias para ocultar e dissimular a procedência ilícita dos valores recebidos, tais como interpostas pessoas e constituição de empresas fictícias. As pessoas relacionadas aos fatos investigados responderão, cada qual dentro da sua esfera de responsabilidade, pelos crimes de tráfico equiparado, associação para fins de tráfico, bem como pelo crime de lavagem de dinheiro. As penas cominadas podem ultrapassar 35 anos de reclusão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário