A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) não poupou críticas ao senador Sergio Moro (União-PR) e ao Senado pela aprovação de Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal (STF). O estopim para a série de publicações nos stories do Instagram começou após a sabatina de Dino, ocorrida na quarta-feira (13), quando Moro foi flagrado em um momento amigável com o futuro ministro.
Após a repercussão negativa da imagem em que Moro abraça e conversa descontraidamente com Dino, Michelle compartilhou a foto em suas redes sociais, ironizando a situação ao escrever: “Quanta cumplicidade”.
O gesto de Moro gerou controvérsias na bolha bolsonarista, que está chamando-o de traidor, especialmente por sua atuação como juiz na Operação Lava Jato, que envolveu investigações contra o Partido dos Trabalhadores (PT), e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, responsável pela indicação de Dino ao STF.
Em outra publicação no Instagram, a ex-primeira-dama abordou a conversa no WhatsApp entre Moro e um contato salvo como “Mestrão” na agenda do senador. No diálogo, Moro é aconselhado a não revelar seu voto em Dino para evitar críticas futuras, após o senador ter sido alvo de reprovação pela proximidade durante a sabatina.
Durante seu tempo de fala na sabatina, Moro respondeu às críticas e minimizou a situação, afirmando que o gesto não influenciaria seu voto e criticando a “celeuma” criada nas redes sociais. Essa explicação, no entanto, não foi suficiente para acalmar os ânimos.
Michelle Bolsonaro, por sua vez, recorreu a uma entrevista antiga de Moro em que ele lamentava ser responsável pela condenação de Lula e afirmava não ter problemas pessoais com o presidente. Em tom irônico, a ex-primeira-dama escreveu: “Com vocês, Sergio Morno. Morno mesmo”.
Além disso, Michelle não poupou críticas ao Senado, acusando a casa legislativa de se acovardar ao aprovar a indicação de Flávio Dino, a quem classificou como “comunista confesso”, para o STF. A sabatina de Dino resultou na sua aprovação com 47 votos favoráveis e 31 contrários, em uma das votações mais acirradas desde 1988.
Fonte: DCM
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