A tempestade deixou pelo menos 13 mortos na cidade de Bahía Blanca, antes de levar as chuvas para a zona agrícola central do país, no norte de Buenos Aires
BUENOS AIRES (Reuters) - Uma tempestade de verão mortal durante o fim de semana na Argentina ajudou a saciar as plantações que ainda se recuperavam de uma seca histórica, disse um meteorologista nesta segunda-feira (18), embora tenha interrompido as operações em um importante porto de grãos.
A tempestade intensa, que começou no sábado no sul da província de Buenos Aires, deixou pelo menos 13 mortos na cidade portuária de Bahía Blanca, antes de se deslocar para o norte e levar as chuvas tão necessárias para a zona agrícola central do país, no norte de Buenos Aires e no sul e no centro da província de Santa Fé.
O núcleo agrícola da Argentina recebeu de 60 a 90 milímetros de chuva desde o início do fim de semana, de acordo com a Bolsa de Grãos de Rosário, que prevê mais chuvas nos próximos dois dias.
Os últimos meses na Argentina, um dos principais exportadores globais de óleo e farelo de soja e um grande exportador de milho e trigo, foram mais úmidos do que o normal, após uma seca no ano passado ter prejudicado a produção agrícola.
O solo em áreas agrícolas importantes "precisava de muita água, e agora a tem", disse German Heinzenknecht, meteorologista da Applied Climatology Consulting (CCA), à Reuters. "Olhando para frente, temos um solo saturado", acrescentou.
O plantio contínuo de soja e milho enfrentará alguns atrasos devido à tempestade, disse Heinzenknecht. Ele acrescentou que rajadas de ventos fortes podem causar perdas em algumas culturas no sul da província de Buenos Aires que estão prontas para a colheita, especialmente o trigo.
As operações no porto de Bahía Blanca foram "praticamente interrompidas" nesta segunda-feira devido à tempestade, que trouxe ventos de 150 quilômetros por hora, disse Carolina Volonte, representante da bolsa de grãos da cidade portuária. "Os danos estão sendo avaliados e teremos que ver como isso poderá retomar as atividades nos próximos dias", acrescentou.
A Reuters não recebeu comentários do porto de Bahía Blanca sobre suas operações.
Fonte: Brasil 247 com reportagem de Maximilian Heath na Reuters
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