quinta-feira, 14 de dezembro de 2023

Senado pede a Moraes que “destrua documentos” em celular e pen drives apreendidos pela PF em operação contra Marcos do Val

 Temor é que dados e informações comprometedoras possam ser usados contra parlamentares que não estão entre os investigados no inquérito sobre os atos golpistas do 8 de Janeiro

Alexandre de Moraes (Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF)

Advocacia do Senado Federal enviou uma solicitação ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pedindo a “destruição de documentos e informações que tenham relações com senadores da República” no telefone celular e no pen drive do senador Marcos do Val (Podemos-ES) apreendidos pela Polícia Federal (PF) em junho deste ano.

Segundo a coluna do jornalista Paulo Cappelli, do Metrópoles, “o temor é que dados comprometedores, seja no aspecto criminal ou não, possam ser usados contra parlamentares que não estão no rol de investigados no inquérito do 8 de Janeiro, que baseou a operação contra Do Val. Um dos aparelhos apreendidos foi o celular funcional do Senado, que o parlamentar usava para participar de grupos privados no WhatsApp com outros políticos”.

Em um trecho da petição, o advogado-geral do Senado, Thomaz Henrique Gomma de Azevedo, pede “que sejam imediatamente inutilizados ou destruídos todos os documentos e as informações que tenham relação com senadores da República que não constem do rol de investigados nos autos do Inquérito nº 4.923 e da Pet nº 10.975 deste Supremo Tribunal Federal, a fim de serem preservadas as imunidades parlamentares constantes do art. 53 da Constituição, bem como o rol de liberdades fundamentais dessas autoridades”.


Além disso, o Senado também solicitou ao ministro Alexandre de Moraes a devolução do pen drive e do celular funcional apreendidos com Marcos do Val, uma vez que o material relevante à investigação já havia sido extraído. A resposta do ministro foi intimar a Mesa do Senado para explicar o motivo pelo qual deseja intervir no inquérito em defesa do parlamentar.

Fonte: Brasil 247 com informações da coluna do jornsliat Paulo Cappelli, do Metrópoles

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