Uma pesquisa do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que 60,1% da
população brasileira, ou 128,9 milhões de pessoas, viviam com até um salário
mínimo per capita por mês em 2022. Apenas 8,1%, ou 17,4 milhões de pessoas,
tinham renda superior a três salários mínimos per capita mensalmente. Os dados
são da Síntese de Indicadores Sociais 2023, divulgada nesta quarta-feira (6).
O estudo traça um perfil das condições
de vida da população brasileira em 2022, com base em indicadores de renda,
trabalho, moradia e educação. Uma das formas de avaliar a desigualdade na
sociedade brasileira é a análise de rendimento pelas classes de salários. O
IBGE considerou como pobreza a renda de 6,85 dólares por dia (cerca de R$ 33),
e extrema pobreza a renda de 2,15 dólares por dia (cerca de R$ 10).
A pesquisa revelou que a pobreza e a
extrema pobreza variam entre as grandes regiões e também entre as unidades da
federação. Quatro estados brasileiros – Maranhão, Alagoas, Paraíba e Amazonas –
têm mais de 80% de sua população com renda de até um salário mínimo per capita
por mês, o dobro do observado em Santa Catarina (39,9%) e no Distrito Federal
(40,7%).
No outro extremo, o Distrito Federal se
destaca com a maior parcela entre os que receberam os maiores rendimentos:
22,6% da população recebe mais de três salários mínimos per capita por mês,
ante 8,1% na média nacional. Ao mesmo tempo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul
se destacam com parcelas expressivas do grupo com renda per capita mensal entre
um e três salários mínimos, de 50,0% e 44,4%, respectivamente.
O IBGE também apontou que as mulheres
pretas e pardas são as que mais sofrem com a pobreza e a extrema pobreza,
representando mais de 70% dos pobres e extremamente pobres. Além disso, o
instituto destacou que os programas sociais de transferência de renda foram
essenciais para reduzir a extrema pobreza, que seria 80% maior sem os
benefícios do governo.
Fonte: Agenda do Poder com informações
do Valor Econômico
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