"O que nós queremos é um certo equilíbrio. Se não tem acordo, pelo menos vai ficar patenteado de quem é a culpa de não ter acordo", disse o presidente Lula
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou neste domingo (3), em Dubai, que espera "um certo equilíbrio" nas negociações referentes ao acordo entre a União Europeia e o Mercosul e que “os países ricos não querem fazer um acordo na perspectiva de fazer qualquer concessão". "Se não tiver acordo, paciência", disse.
As declarações de Lula foram feitas após o presidente da França, Emmanuel Macron, afirmar ser contrário ao acordo por considerá-lo desatualizado e incompatível com as estratégias ambientais atuai.
“Se não tiver acordo, paciência. Não foi por falta de vontade. A única coisa que tem que ficar claro é que não digam mais que é por conta do Brasil e que não digam mais que é por conta da América do Sul. Assumam a responsabilidade de que os países ricos não querem fazer um acordo na perspectiva de fazer qualquer concessão. É sempre ganhar mais”, disse o presidente ao deixar o hotel em que ficou hospedado durante a COP28, pouco antes de embarcar para Berlim, Alemanha.
“Não somos mais colonizados. Nós somos independentes. E nós queremos ser tratados com respeito de países independentes, que temos coisas para vender. E as coisas que nós temos para vender têm preço. O que nós queremos é um certo equilíbrio. Se não tem acordo, pelo menos vai ficar patenteado de quem é a culpa de não ter acordo”, destacou Lula. “Vamos ver como vai acontecer na sexta-feira (8)”, completou.
No sábado (2), Lula já havia criticado o protecionismo da França, em contraste com a posição geral da União Europeia, e enfatizado o direito de cada país de adotar sua própria postura em questões comerciais.
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