Encontro marcado para discutir pautas de fim de ano e temas sensíveis ao governo sinaliza gesto de aproximação entre Executivo e Supremo Tribunal Federal
Em um gesto de aproximação ao Supremo Tribunal Federal (STF), para o qual indicou dois membros este ano, o presidente convidou todos os magistrados da corte para um jantar especial na próxima terça-feira. Este encontro, que será sediado na residência do presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, tem como objetivo marcar o encerramento do ano e também abrir espaço para discussões de grande importância, incluindo a relação com o Congresso e temas sensíveis que preocupam o governo, destaca o jornal O Globo.
Dentre os temas que devem ser abordados, está a análise de questões relevantes, como o reajuste no FGTS e a restrição a políticos em estatais, cuja resolução poderá contar com a participação decisiva de Flávio Dino, recém-aprovado pelo Senado para integrar o STF na última quarta-feira.
Esta reunião marca um momento significativo de interação entre o presidente e os ministros, algo que não ocorria de forma tão conjunta e reservada desde o final de 2022, logo após a eleição de Lula. Desde então, os encontros se deram de maneira mais individualizada ou em eventos oficiais, como as cerimônias de posse de novos membros, como Cristiano Zanin, recentemente empossado como novo ministro, e de Luís Roberto Barroso, assumindo a presidência da Corte.
Todos os ministros do STF foram convidados para o jantar, incluindo Barroso, Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Luiz Fux, Edson Fachin, Alexandre de Moraes, Nunes Marques, André Mendonça, Zanin e Dino. Contudo, a confirmação da presença de todos ainda está pendente e será organizada pelos cerimoniais da Corte e do Palácio do Planalto.
Um dos pontos mais observados é a presença de André Mendonça e Nunes Marques, ambos indicados por Jair Bolsonaro. Seu possível comparecimento ao jantar desperta grande interesse, já que cada um, à sua maneira, estabeleceu canais de comunicação com a administração atual, sem resistências aparentes.
O ambiente na Corte sugere uma proximidade maior entre Lula e Nunes Marques, havendo inclusive gestos recentes por parte do presidente em direção ao ministro, como a escolha de um nome indicado por ele para o cargo de desembargador do TRF-1, comunicada pessoalmente pelo próprio presidente.
Além dos ministros do STF, é esperada a participação de representantes do núcleo jurídico da Presidência, como o ministro-chefe da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, e o secretário de Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Wellington Cesar Lima e Silva.
Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo
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