quinta-feira, 14 de dezembro de 2023

PGR apresenta ao STF primeira denúncia contra financiadores dos atos golpistas

 Segundo a PGR, o acusado, que é de de Londrina (PR), cometeu cinco crimes. Penas somadas podem ultrapassar 30 anos de reclusão

Atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 (Foto: Joedson Alves/Agência Brasil)

A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quinta-feira (14), a primeira denúncia relacionada aos financiadores atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro. Um morador de Londrina (PR) é acusado de financiar e organizar a participação de dezenas de pessoas nos eventos, fretando quatro ônibus para Brasília. Os contratos somaram R$ 59,2 mil.

Segundo a PGR, o acusado cometeu cinco crimes, incluindo associação criminosa armada e golpe de Estado. Carlos Frederico Santos, coordenador do Grupo Estratégico dos Atos Antidemocráticos (GCAA), responsável pela denúncia, informou que as penas somadas podem ultrapassar 30 anos de reclusão.

A investigação detalha a atuação do denunciado desde o resultado das eleições presidenciais em outubro de 2022. Ele teria utilizado grupos virtuais e aplicativos de mensagem para difundir ideias golpistas e organizar o transporte para a capital. Mensagens indicam que ele também arrecadava fundos para cobrir despesas, incluindo alimentação dos participantes.

Dentre os passageiros dos ônibus fretados, estava Orlando Ribeiro Júnior, preso em flagrante no Palácio do Planalto durante os atos e já condenado pelo STF a três anos de prisão. Outro preso nas proximidades do Quartel General do Exército em Brasília também viajou em um dos veículos.


A denúncia ressalta prejuízos materiais significativos aos cofres públicos: R$ 3,5 milhões no Senado, R$ 2,7 milhões na Câmara dos Deputados, R$ 9 milhões no Palácio do Planalto, e R$ 11,4 milhões no STF. Além disso, os atos resultaram em danos inestimáveis a bens históricos.

Até agora, o Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos indiciou 1.413 pessoas, incluindo incitadores, executores, agentes públicos e um financiador.

Fonte: Brasil 247

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