segunda-feira, 18 de dezembro de 2023

Papa Francisco lamenta assassinato de civis em igreja de Gaza por militares israelenses: 'é terrorismo'

 "Isso aconteceu até dentro do complexo paroquial da Sagrada Família, onde não há terroristas, mas famílias, crianças, pessoas doentes ou deficientes, freiras", disse Francisco

Papa Francisco (Foto: REUTERS/Guglielmo Mangiapane)

Reuters - O papa Francisco sugeriu novamente neste domingo que Israel está usando táticas de “terrorismo” em Gaza, lamentando o alegado assassinato, pelos militares israelenses, de duas mulheres cristãs que tinham se refugiado num complexo religioso.

Na sua bênção semanal, Francisco referiu-se a uma declaração do Patriarcado Latino de Jerusalém, a autoridade católica na Terra Santa, sobre um incidente ocorrido no sábado.

O Patriarcado disse que um “atirador” das Forças de Defesa de Israel (IDF) matou as duas mulheres, que o papa chamou de Nahida Khalil Anton e sua filha Samar, enquanto caminhavam para um convento de freiras no complexo da Paróquia da Sagrada Família.

A declaração do Patriarcado informou que outras sete pessoas foram baleadas e feridas enquanto tentavam proteger outras.

“Continuo recebendo notícias muito graves e dolorosas de Gaza”, disse Francisco. “Civis desarmados são alvo de bombardeios e tiroteios. E isso aconteceu até dentro do complexo paroquial da Sagrada Família, onde não há terroristas, mas famílias, crianças, pessoas doentes ou deficientes, freiras”.


Francisco afirmou que eles foram mortos por “atiradores” e também se referiu à declaração do Patriarcado de que um convento de freiras da ordem fundada por Madre Teresa foi danificado pelo fogo de um tanque israelense.

“Alguns diriam: 'É guerra. É terrorismo.' Sim, é guerra. É terrorismo", disse ele.

Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel disse que o incidente ainda estava sob análise e não fez comentários imediatos sobre as palavras do papa.

Fonte: Brasil 247 com Reuters


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