Sequestrada com Marcelinho Carioca no último domingo (17), a servidora Tais Alcântara de Oliveira negou ter um relacionamento com o ex-jogador. Ela alega que foi obrigada pelos sequestradores a dizer que teve um caso com o amigo e que a declaração serviria para despistar policiais.
“Eu não tenho nenhum relacionamento com o Marcelinho. Nunca tive. A nossa relação é de amizade mesmo”, afirmou em entrevista ao g1. Tais ainda relata que está separada de seu marido, Márcio do Beco, que teria sido o responsável pelo crime, segundo o vídeo divulgado durante o sequestro.
“Eu estou separada do Márcio. A gente mora em casas separadas, não estamos convivendo, apesar que ainda não saiu o divórcio. A gente continua casado no papel ainda”, prosseguiu. Ela conhece Marcelinho ao menos desde 2021, quando trabalharam juntos na Secretaria de Esportes de Itaquaquecetuba (SP).
Segundo a servidora, eles foram sequestrados enquanto ele entregava ingressos para um show do cantor Thiaguinho. Ela conta que o amigo foi até a porta de sua casa entregá-los e que entrou no carro do ex-jogador.
“Ele não queria ficar parado no bairro. Ele ia passar as coordenadas do show, qual o portão eu poderia entrar, com quem eu iria falar. A gente deu uma volta de carro no quarteirão e, assim que a gente estava chegando, ele avistou três caras vindo em direção ao carro. Eu falei que eu ia sair do carro e ele disse para eu esperar, mas eu abri a porta e os caras já nos abordaram falando para colocar a mão na cabeça”, relata.
Tais diz que deram “uma coronhada” em Marcelinho e eles foram levados até um cativeiro, onde foram deixados olhando para uma parede. Os criminosos ofereceram água, comida e acompanhavam a dupla no banheiro.
“O tempo todo eles pediam só para passar senha de PIX, essas coisas. Eles pegaram meu celular, provavelmente devem ter olhado o banco e vendo que não tinha saldo, e estavam mais pedindo para o Marcelo. O Marcelo falou que era ex-jogador e eles começaram a investigar nas redes sociais. Entraram na minha rede social, entraram na rede social do Márcio, para saber quem a gente era. A todo momento falavam que iam nos libertar, que era pra gente aguardar um pouco”, conta Tais.
Ela conta que o vídeo divulgado foi feito em um momento de desespero dos sequestradores, que ouviram helicópteros sobrevoando a região do cativeiro. Um dos criminosos segurou a coberta atrás deles e outro apontou uma arma para garantir que eles falassem da história inventada sobre o marido.
“O helicóptero começou a sobrevoar e eles começaram a se desesperar e falando que ‘moio para eles’, que a casa caiu. Receberam um áudio de uma pessoa falando que era para fazer um vídeo fake, porque se a casa deles caiu, que a nossa tinha que cair também. Então, que era para inventar uma história do marido que sequestrou, que saiu com mulher casada. Uma pessoa ficou atrás segurando a coberta e outra ficou apontando a arma”, completou.
Fonte: DCM
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