MST envia 11 toneladas de alimentos para as famílias na Faixa de Gaza

 'O povo palestino, assim como todo o povo que luta por soberania, necessita da ação solidária dos outros povos do mundo', afirmou Jane Cabral, que integra o Movimento dos Sem Terra

Doações de Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) (Foto: Divulgação (MST))

Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) entregaram nesta semana mais um carregamento de alimentos da Reforma Agrária para as famílias vítimas da crise humanitária na Faixa de Gaza, onde mais de 17 mil pessoas morreram desde o dia 7 de outubro como vítimas de ataques israelenses, de acordo com estatísticas oficiais. Foram enviadas 11 toneladas de alimentos, em novas contribuições para os esforços internacionais de assistência humanitária. Em Gaza, a situação é descrita como "apocalíptica", afirmou a Organização das Nações Unidas (ONU). Nos últimos dois meses, mais de 16,2 mil pessoas perderam a vida, e 1,9 milhão foram deslocadas, com mulheres e crianças representando mais de 60% das vítimas.

“Nós estamos fazendo a segunda doação de alimentos para o povo Palestino, pois acreditamos na solidariedade internacional. O povo palestino, assim como todo o povo que luta por soberania, necessita da ação solidária dos outros povos do mundo”, sinalizou Jane Cabral, da direção nacional do MST.

O primeiro envio foi realizado em outubro, com arroz, farinha de milho e leite. “O alimento que estamos doando é o símbolo da nossa ação no Brasil e uma reafirmação da nossa solidariedade ao povo palestino”, concluiu Jane.

A iniciativa do MST na doação de alimentos para Gaza pretende ser contínua, com novos envios a partir da parceria com o Governo Federal, através do Ministério das Relações Exteriores, com envio pelo avião da Força Aérea Brasileira (FAB).

A ação do MST soma-se ao conjunto de iniciativas dos movimentos e organizações populares no Brasil em solidariedade ao povo palestino que têm sofrido com a crise humanitária causada pelos bombardeiros de Israel. Atos, marchas, festivais e uma série de atividades seguem a agenda de solidariedade no Brasil que tem demarcado a posição pelo cessar-fogo na região.

Apesar da chegada de caminhões com suprimentos em Gaza, a situação humanitária continua crítica e as necessidades dos palestinos sem precedentes, segundo a UNRWA, agência da ONU para refugiados palestinos. Segundo a porta-voz da agência, Adnan Abu Hasna, seriam necessários 200 caminhões por dia durante dois meses para responder às necessidades da população na região, que ainda tem áreas, por exemplo, sem acesso à água potável.

Fonte: Brasil 247