domingo, 10 de dezembro de 2023

Milei usa bastão presidencial para levar seus cachorros à cerimônia de posse

 Presidente argentino rejeitou os bastões tradicionais e mandou esculpir um com as imagens de Conan, Murray, Milton, Robert e Lucas para usar na posse neste domingo

Cristina Kirchner, Javier Milei e Alberto Fernández (Foto: Reprodução/YouTube/Televisión Pública)

O presidente recém-empossado Javier Milei optou por uma versão peculiar do bastão presidencial, rompendo com a tradição que se estabeleceu desde o retorno da democracia na Argentina. O bastão que ele ergueu durante sua posse, um misto de emoção e nervosismo, apresentava esculturas de seus cinco cães, conhecidos como seus "filhos de quatro patas", destaca reportagem do jornal Clarín.

Apesar da impossibilidade de trazê-los para o recinto cerimonial, os cães Conan, Murray, Milton, Robert e Lucas, tiveram um lugar de destaque durante a cerimônia de posse de Milei. Conan, que faleceu alguns anos atrás, era um animal muito estimado por Javier Milei, que decidiu cloná-lo nos Estados Unidos, resultando nos seus quatro mastins ingleses.

Ao rejeitar os bastões presidenciais tradicionais elaborados por históricos ourives argentinos, como Juan Carlos Pallarols e seu filho, Adrián, e até mesmo um criado pelo ourives santafesino Santiago Marsilique, Milei introduziu uma peça singular com as esculturas de seus animais de estimação.


O bastão, esculpido por Marsilique, contava com a aprovação dos seguidores libertários nas redes sociais, incorporando a imagem de um leão, animal que o líder libertário escolheu para se representar. Por sua vez, a versão proposta por Adrián Pallarols também apresentava a figura de um felino, porém em tamanho reduzido.

Juan Carlos Pallarols, ourives responsável pela confecção dos bastões de mando para as cerimônias de posse presidencial há 40 anos, relatou que entregou sua versão para o evento ao Cerimonial da Casa Rosada, mas foi surpreendido com a decisão de Milei em optar por outra peça.

Apesar de desavenças passadas, Pallarols revelou ter mantido contato com a nova chanceler, Diana Mondino, indicando que o bastão por ele confeccionado havia sido recebido pelo cerimonial, mas, por motivos não esclarecidos, não foi utilizado na cerimônia.

Após mais de quatro décadas na elaboração dessas insígnias, Pallarols destacou que Milei não escolheu nenhum dos bastões propostos após sua vitória no segundo turno das eleições, levantando incógnitas sobre a autoria da peça utilizada pelo novo presidente.

O ourives argumentou que, mesmo não havendo uma lei específica para os bastões de mando presidenciais, espera-se que a identidade do artesão responsável pela peça seja divulgada para reconhecimento de seu trabalho.

Fonte: Brasil 247 com reportagem do jornal Clarin

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