Argentino recebe em sua posse figuras centrais da extrema direita internacional, como o próprio Jair Bolsonaro, em cenário de grave crise econômica
No dia de sua posse como presidente da Argentina, Javier Milei surpreendeu ao tomar uma decisão controversa: em vez de discursar perante a Assembleia Legislativa, como é tradição há décadas, ele optou por fazê-lo de frente para seus seguidores, de costas para o Congresso e a "política" tradicional, segundo reportagem do Página 12. Esta escolha marcou o primeiro gesto do novo presidente de uma Argentina que há muito se acostumou com a cerimônia de posse no recinto legislativo.
Javier Milei, economista de extrema direita e uma figura polêmica na cena política argentina, assumirá o cargo de presidente em meio a um caótico processo de formação de gabinete e uma transição desordenada. Após jurar perante a Assembleia Legislativa, ele se dirigirá à esplanada em frente ao Congresso para falar com seus apoiadores.
Milei deve apresentar detalhes de suas reformas, privatizações, aumentos de tarifas e mudanças no sistema de trabalho e previdência social. As reformas, embora não tenham sido detalhadas em sua totalidade, incluirão a redução de ministérios de 18 para 9, mudanças na legislação fiscal e reformas no mercado de trabalho.
A decisão de Milei de discursar de costas para o Congresso gerou controvérsia e críticas por parte da oposição, que considerou isso um gesto de desrespeito à democracia e à representação parlamentar. A posse de Javier Milei também contará com a presença de líderes internacionais, incluindo personagens da extrema direita internacional, como o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro, o líder do VOX Santiago Abascal, o Rei Felipe VI de Espanha, o presidente de Ucrânia, Volodymyr Zelensky, o presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou, e o presidente do Chile, Gabriel Boric.
O futuro do governo de Milei agora dependerá de sua capacidade de negociar com o Congresso e de lidar com os desafios econômicos que enfrenta a Argentina. As reformas e mudanças anunciadas prometem ser controversas e gerarão debates acalorados no país nos próximos meses.
Fonte: Brasil 247 com reportagem do Página 12
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