Economista avalia que a decisão da S&P foi um banho de água fria nos pessimistas com o Brasil
O economista Luiz Carlos Mendonça de Barros, ex-presidente do BNDES, destacou a importância da alteração na nota de crédito do Brasil pela agência Standard & Poor's, considerando-a um marco significativo para o país nos últimos tempos. Segundo Barros, a mudança contraria previsões negativas anteriores, incluindo as do Banco Central. Em uma entrevista ao jornal O Globo, ele expressou otimismo quanto à recuperação do grau de investimento do Brasil em um ano, enfatizando que isso reflete uma perspectiva global mais favorável.
Barros abordou o contexto fiscal global, argumentando que o problema não é exclusivo do Brasil, citando como exemplo o déficit dos Estados Unidos. Ele criticou a ênfase dada pelos analistas apenas ao aspecto fiscal na avaliação do desempenho econômico brasileiro. A elevação da nota de crédito, na visão de Barros, representa uma correção de uma visão excessivamente pessimista sobre a economia brasileira, tanto por parte de analistas quanto do próprio Banco Central.
O economista também comentou sobre o impacto das reformas realizadas pelos governos anteriores e o atual na economia. Enfatizou que, apesar da importância dessas reformas, elas demoram a surtir efeito no crescimento econômico. Barros destacou a recuperação do Brasil após um período de forte retração econômica entre 2015 e 2016, creditando parte dessa recuperação ao agronegócio e ao saldo positivo da balança comercial.
Finalmente, Barros fez uma análise crítica do mercado financeiro e do Banco Central, acusando-os de terem um diagnóstico equivocado sobre a economia brasileira. Ele argumentou que, embora a dívida pública seja um fator importante, não deve ser o único critério para avaliar a saúde econômica de um país.
Fonte: Brasil 247 com jornal O Globo
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