segunda-feira, 18 de dezembro de 2023

Jornalista da CNN cobra X após ser vítima de deepfake em “casa de aposta de Neymar”: “Crime”

 

Propaganda enganosa utilizando a imagem da jornalista Elisa Vignochi Veeck por meio de Deepfake. Foto: reprodução


A jornalista Elisa Vignochi Veeck, da CNN Brasil, teve sua imagem utilizada em um anúncio falso de um aplicativo chamado “Buffalo King”, “casa de apostas” criada por criminosos com inteligência artificial e atribuída ao jogador Neymar.

Ela recorreu às redes sociais no último domingo para desmentir o anúncio e questionar o X, antigo Twitter, sobre os filtros usados pela plataforma para evitar a disseminação de informações falsas. A propaganda enganosa envolvendo a jornalista e o jogador gerou repercussão na internet.

“Não faço publicidade. Sou jornalista, âncora de telejornal, tenho responsabilidade por trabalhar com informação. Não sou eu na propaganda com Neymar. Alô, X, qual é o filtro usado por você para combater esse tipo de crime de Deepfake?”, postou Elisa.



Os golpistas empregam a tecnologia para lucrar com anúncios fraudulentos, que funcionam como armadilhas para enganar pessoas nas redes sociais. É uma fraude sobreposta à outra: uso indevido de imagens, produtos falsos, golpes financeiros, tudo veiculado na internet.

Além de utilizar as imagens, os criminosos manipulam a imagem e a voz de pessoas anônimas e famosas em seus anúncios, os quais são pagos para serem veiculados, impulsionados e direcionados para públicos específicos.

Além de Elisa Vignochi Veeck e Neymar, William Bonner, Luciano Huck, Dráuzio Varella, Marcos Mion, Sandra Annenberg e Ana Maria Braga também foram vítimas da manipulação de imagens.

Embora tenha tido sua imagem usada no aplicativo golpista “Buffalo King”, Neymar e outros famosos com milhões de seguidores nas redes sociais, como Felipe Neto e Viih Tube, já promoveram jogos de azar da renomada casa de apostas Blaze, que está sob investigação policial devido a suspeitas de fraude.

Neymar e Felipe Neto promovendo a casa de apostas Blaze. Foto: reprodução

O programa Fantástico, da TV Globo, apresentou uma investigação realizada em São Paulo sobre o “Jogo do Aviãozinho”. A Blaze, plataforma digital que engloba o “game”, teve mais de R$ 100 milhões bloqueados pela Justiça, e a polícia reuniu indícios de que os apostadores não estavam recebendo os prêmios.

O “Crash”, também conhecido como “Jogo do Aviãozinho”, é um dos principais jogos oferecidos por essa plataforma. Nele, o valor do prêmio aumenta conforme o avião voa, e o apostador deve decidir quando encerrar o voo para evitar a palavra “Crashed” e perder a aposta.

Vale destacar que tais jogos, assim como outros oferecidos pela Blaze, são ilegais no Brasil, sujeitos a penalidades para empresas, apostadores e divulgadores, incluindo diversos influenciadores em redes sociais.

Fonte: DCM

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