O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, fechou pela primeira vez acima de 133 mil pontos com a alta desta terça-feira (26) e bateu um novo recorde.
Ao longo da sessão, investidores repercutiram a divulgação do último Boletim Focus de 2023. A publicação mostrou, mais uma vez, redução nas expectativas para a inflação deste e do próximo ano. As projeções para o preço do dólar também caíram.
Nesta semana — a última do ano e com menor volume de negócios —, o mercado ainda aguarda algumas divulgações importantes, com destaque para dados de inflação e emprego no Brasil e da atividade econômica nos Estados Unidos.
No mesmo cenário, o dólar fechou em baixa e atingiu o menor patamar desde agosto.
O dólar caiu 0,79%, cotado a R$ 4,8220, no menor patamar desde 2 de agosto, quando fechou em R$ 4,8039.
Na última sexta-feira (22), a moeda americana fechou em baixa de 0,54%, vendida a R$4,8606.
Com o resultado de hoje, passou a acumular quedas de:
- ✔1,90% no mês;
- ✔8,64% no ano.
A semana começou com uma agenda econômica mais fraca, com destaque apenas para o tradicional Boletim Focus, relatório do Banco Central do Brasil (BC) que reúne as projeções de economistas do mercado financeiro para os principais indicadores do país.
Na última edição do ano, as estimativas para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é a inflação oficial do Brasil, voltaram a cair tanto para 2023 quanto para 2024.
Para este ano, as expectativas são de que o IPCA acumule 4,46% de alta. Com a baixa, a estimativa dos analistas para a inflação de 2023 se mantém abaixo do teto da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) – a meta é de 3,25% e pode oscilar entre 1,75% e 4,75%.
Já para o ano que vem, a estimativa de inflação caiu de 3,93% para 3,91% na última semana. No próximo ano, a meta de inflação é de 3% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%.
Também houve redução nas projeções para o preço do dólar em 2023. Agora, os economistas acreditam que a moeda norte-americana deve encerrar o ano cotada a R$ 4,90.
A principal razão para essa queda nas projeções do dólar é a expectativa de que o Federal Reserve, o banco central americano, pode começar a cortar as taxas de juros, hoje entre 5,25% e 5,50% ao ano, já no primeiro semestre do ano que vem.
Juros mais baixos nos Estados Unidos reduzem a rentabilidade entregue pelos títulos públicos americanos, considerados os mais seguros do mundo, o que impulsiona os investidores a migrarem para os ativos de risco, que oferecem retornos maiores, como os mercados de ações e títulos de países emergentes, como o Brasil.
Ao longo da semana, outros indicadores serão divulgados e podem mexer com os ânimos do mercado, principalmente o IPCA-15 e o Caged por aqui, e os pedidos de seguro-desemprego e vendas de moradias nos Estados Unidos.
Fonte: Agenda do Poder com informações do g1.
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